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Frente já discute rumo para o 2º turno
PATRICIA ZORZAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de publicamente declararem ainda acreditar na possibilidade de Ciro Gomes (PPS) chegar ao segundo turno da eleição
presidencial, integrantes da Frente Trabalhista já discutem seu futuro diante da hipótese de uma
disputa entre José Serra (PSDB) e
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Reunião anteontem da bancada
do PTB revelou que a quase totalidade dos deputados federais da
legenda deve aderir ao tucano.
"Temos de fazer política com a
cabeça e não com o fígado", declarou um dos petebistas presentes ao encontro.
Segundo relato feito à Folha,
apenas 2 dos 30 deputados petebistas ouvidos se posicionaram a
favor de Lula.
Desde que o PSDB iniciou seu
bombardeio a Ciro, os petebistas
têm se referido a Serra como inimigo. Isso porque a sigla se transformou em alvo preferencial do
dos tucanos durante a tentativa
desencadeada pelo PSDB de desmoralização do ex-governador.
Outro que tem discutido suas
opções é o vice de Ciro, o sindicalista Paulo Pereira da Silva (PTB).
Em conversas com assessores,
Paulinho tem demonstrado resistência em relação a Lula.
Interessado em concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2004, avalia que uma eventual vitória do
petista fortaleceria a prefeita Marta Suplicy, sua adversária potencial na disputa municipal.
Um possível sucesso de Lula
ajudaria também a CUT (Central
Única dos Trabalhadores), central sindical tradicionalmente rival da Força Sindical de Paulinho.
O sindicalista está hoje temporariamente afastado da presidência da entidade, mas deverá retornar ao cargo caso não seja eleito.
Até mesmo o PPS já faz seu balanço da eleição. Dirigentes do
partido não só falam na necessidade do apoio público a Lula no
segundo turno como também comemoram o fato de saírem fortalecidos da disputa deste ano.
Cálculos feitos pela legenda indicam que serão eleitos entre 12 e
15 deputados federais. Em 1998,
apenas três pepessistas conseguiram chegar à Câmara. Líderes da
sigla esperam ainda eleger dois
governadores no primeiro turno
e, no mínimo, dois senadores.
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