DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Comissão de Anistia indeferiu ontem 1.669 pedidos de indenização de ex-membros das Forças Armadas. Foi o maior volume de recusa desde que a comissão foi criada em agosto de 2001.
Nos processos, os militares dizem que foram perseguidos pelo regime militar e, por isso, mereceriam a reparação econômica prevista em lei. Ontem, no maior julgamento já realizado pela comissão, foram aprovados outros 267 pedidos também de militares.
Com a sessão de ontem, chega a cerca de 9.600 o número de processos de militares indeferidos pela comissão desde o início do ano. A atitude atende diretriz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a análise dos processos deve ser minuciosa para evitar fraudes ou favorecimento ilícito.
Segundo o presidente da comissão, Marcelo Lavenére Machado, o julgamento em bloco só pode ser feito na Terceira Câmara, que abriga processos de militares.
"Tenho quase 7.000 cabos da FAB [Força Aérea Brasileira] admitidos depois de 64 e outros mil e tantos que só prestaram o serviço militar. Posso julgar em bloco cada grupo porque a situação de cada um é idêntica." Ainda cabe recurso à plenária da comissão.


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