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Aldo minimiza o apoio do Planalto e admite o de Renan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O candidato do governo à
presidência da Câmara, Aldo
Rebelo (PC do B-SP), admitiu
ontem que está sendo ajudado
pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e
tentou minimizar sua relação
com o Planalto.
"Está", limitou-se a responder Aldo, ao ser questionado a
respeito do apoio de Renan. O
presidente do Senado enfureceu o candidato peemedebista,
Michel Temer (SP), ao não
apoiá-lo.
Consciente de que hoje o
apoio do Palácio pode trazer
mais prejuízos do que bônus,
Aldo disse que a ligação com o
governo "não é muito importante" para sua candidatura.
"Importante aqui é ter o apoio
dos deputados. Nem a oposição nem o palácio podem decidir a eleição", disse.
Aldo também repeliu a possibilidade de o governo estar
procurando influenciar a votação, marcada para quarta-feira,
liberando R$ 500 milhões em
emendas parlamentares.
Ontem foi um dia de intenso
movimento na Câmara, algo
raríssimo para um final de semana. Passaram pela Casa,
além de Aldo e Nonô, Ciro Nogueira (PP-PI) e João Caldas
(PL-AL). Nonô escalou as secretárias do seu gabinete na
primeira vice-presidência na
Câmara para telefonar para os
deputados. "Vou ter o apoio da
clandestinidade. Na outra eleição tive 14 votos a mais do que
esperava", disse Nonô. "Algum
petista pode ter orgasmo cívico
contra o Planalto e querer votar
em mim."
Ao chegar à Câmara pela manhã, o deputado reuniu-se com
o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que ficou encarregado de negociar o posto
da primeira vice-presidência
com os demais partidos.
Temer, por sua vez, deverá se
encontrar hoje com alguns dos
candidatos, como Nonô.
Ontem, ao chegar a Brasília,
ele voltou a criticar Renan. "Eu
acho que o Renan vai pensar
um pouco neste final de semana e é possível que reformule
sua conduta. Seria útil para a
moral política no país", afirmou Temer.
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