São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2005

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Aldo minimiza o apoio do Planalto e admite o de Renan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do governo à presidência da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), admitiu ontem que está sendo ajudado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e tentou minimizar sua relação com o Planalto.
"Está", limitou-se a responder Aldo, ao ser questionado a respeito do apoio de Renan. O presidente do Senado enfureceu o candidato peemedebista, Michel Temer (SP), ao não apoiá-lo.
Consciente de que hoje o apoio do Palácio pode trazer mais prejuízos do que bônus, Aldo disse que a ligação com o governo "não é muito importante" para sua candidatura. "Importante aqui é ter o apoio dos deputados. Nem a oposição nem o palácio podem decidir a eleição", disse.
Aldo também repeliu a possibilidade de o governo estar procurando influenciar a votação, marcada para quarta-feira, liberando R$ 500 milhões em emendas parlamentares.
Ontem foi um dia de intenso movimento na Câmara, algo raríssimo para um final de semana. Passaram pela Casa, além de Aldo e Nonô, Ciro Nogueira (PP-PI) e João Caldas (PL-AL). Nonô escalou as secretárias do seu gabinete na primeira vice-presidência na Câmara para telefonar para os deputados. "Vou ter o apoio da clandestinidade. Na outra eleição tive 14 votos a mais do que esperava", disse Nonô. "Algum petista pode ter orgasmo cívico contra o Planalto e querer votar em mim."
Ao chegar à Câmara pela manhã, o deputado reuniu-se com o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que ficou encarregado de negociar o posto da primeira vice-presidência com os demais partidos.
Temer, por sua vez, deverá se encontrar hoje com alguns dos candidatos, como Nonô.
Ontem, ao chegar a Brasília, ele voltou a criticar Renan. "Eu acho que o Renan vai pensar um pouco neste final de semana e é possível que reformule sua conduta. Seria útil para a moral política no país", afirmou Temer.


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