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OUTRO LADO
Cemig afirma que os gastos foram auditados pelo TCE
DA SUCURSAL DO RIO
O superintendente de Comunicação Empresarial da
Cemig, Luiz Henrique Michalick, disse que a Campanha de Uso Eficiente de
Energia, realizada pela estatal em 1998, foi auditada e
aprovada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Disse que a auditoria concluiu que o preço cobrado
pela gráfica era 30% inferior
à média do mercado.
Esse percentual coincide
com a diferença entre o preço médio apresentado pela
Graffar e as cotações atribuídas a duas outras gráficas locais na estimativa de custos
elaborada pela SMPB.
Luiz Michalick afirmou
que a auditoria do TCE confirmou que a Graffar possuía
capacidade técnica para executar o serviço e que adquiriu matéria-prima (papel)
para executar a encomenda.
Ainda de acordo com o superintendente, a Cemig
comprovou, perante o TCE,
que o material impresso foi
efetivamente entregue. A
comprovação, segundo afirmou, foi feita com a apresentação dos recibos assinados
pelos gerentes da estatal localizados nos municípios.
Michalick disse que os gastos da Cemig em 1998 com a
campanha educativa não
poderiam ser comparados
com os anos posteriores.
""Naquela ocasião, a legislação exigia que a empresa
aplicasse 1% de seu faturamento em ações para uso
eficiente de energia. Hoje
não há mais essa exigência e
as empresas podem aplicar o
dinheiro em pesquisas e outros programas", afirmou.
Procurado pela reportagem, o senador Eduardo
Azeredo declarou, por intermédio de sua assessoria, que
a Cemig é uma empresa conceituada mundialmente e
que tem autonomia para tomar suas decisões.
O atual proprietário da
Graffar Editora Gráfica, Cleiton Melo de Almeida, não foi
localizado. A reportagem falou com uma irmã dele,
Cleonice. Segundo ela, a empresa está inativa.
Ela confirmou que o irmão
é pessoa muito próxima do
ex-tesoureiro da campanha
de Azeredo, Cláudio Mourão. O ex-tesoureiro não foi
localizado.
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