São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / CRISE DO DOSSIÊ

Alckmin cobra resposta da PF sobre dossiê

Tucano diz que negociação de documentos não foi esclarecida e ainda não se sabe origem dos R$ 1,7 milhões apreendidos

Candidato do PSDB afirma que petistas foram muito "abusados" no episódio; ele crê que irá disputar segundo turno com o presidente Lula

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

A uma semana da eleição, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que vai disputar o segundo turno. "A campanha tem crescido em todo o país, vamos para o segundo turno."
Depois, cobrou providências da Polícia Federal em relação às denúncias de corrupção envolvendo petistas. "Faz uma semana [que petistas foram presos com R$ 1,7 milhão em São Paulo] que as denúncias sobre a compra e venda de um dossiê apareceram e nada foi esclarecido. De onde veio o dinheiro? É óbvio que as pessoas presas não tinham esse dinheiro. Como o dólar entrou no Brasil?"
Segundo o tucano, o PT, a direção do partido, o governo Lula e o Planalto estão envolvidos em corrupção. "O fato é que esse pessoal [os petistas] é muito abusado. Primeiro, usaram a Caixa Econômica Federal para quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Agora, o Banco do Brasil, uma instituição criada em 1808, orgulho dos brasileiros, foi utilizado pela política do crime, com suspeita de violação. É preciso dar um basta em tudo isso."
Acompanhado pelo senador José Jorge (PFL-PI), candidato a vice, pelo governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e pelos senadores Efraim Moraes (PFL-PB), Heráclito Fortes (PFL-PI) e Roberto Freire (PPS-PE), o tucano disse que as grandes mudanças ocorrem próximo à eleição. "Antes, o que existe é recall. Agora é o momento da definição e vamos ao segundo turno."
Alckmin minimizou a estratégia eleitoral adotada pelo governador Cássio Cunha Lima, candidato à reeleição que, em seu programas de televisão, evita falar no nome de Alckmin.
"Não há problema nenhum, era para eu ter vindo aqui [à Paraíba] antes, mas não deu. Mas a carreata de hoje (ontem) foi uma das maiores que participei nesta campanha." De acordo com a PM, cerca de 5.000 pessoas e 800 carros acompanharam o tucano. Depois, em Campina Grande (PB), ele subiu em um trio elétrico, convocou os militantes para tirar Lula do poder e disse que vai para o segundo turno como o candidato da moralidade. Segundo a PM, havia cerca de 3.500 pessoas.


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