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ELEIÇÕES 2006 / CRISE DO DOSSIÊ
Alckmin cobra resposta da PF sobre dossiê
Tucano diz que negociação de documentos não foi esclarecida e ainda não se sabe origem dos R$ 1,7 milhões apreendidos
Candidato do PSDB afirma
que petistas foram muito
"abusados" no episódio; ele
crê que irá disputar segundo
turno com o presidente Lula
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA
A uma semana da eleição, o
candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que vai disputar o segundo turno. "A campanha tem
crescido em todo o país, vamos
para o segundo turno."
Depois, cobrou providências
da Polícia Federal em relação
às denúncias de corrupção envolvendo petistas. "Faz uma semana [que petistas foram presos com R$ 1,7 milhão em São
Paulo] que as denúncias sobre a
compra e venda de um dossiê
apareceram e nada foi esclarecido. De onde veio o dinheiro?
É óbvio que as pessoas presas
não tinham esse dinheiro. Como o dólar entrou no Brasil?"
Segundo o tucano, o PT, a direção do partido, o governo Lula e o Planalto estão envolvidos
em corrupção. "O fato é que esse pessoal [os petistas] é muito
abusado. Primeiro, usaram a
Caixa Econômica Federal para
quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Agora,
o Banco do Brasil, uma instituição criada em 1808, orgulho
dos brasileiros, foi utilizado pela política do crime, com suspeita de violação. É preciso dar
um basta em tudo isso."
Acompanhado pelo senador
José Jorge (PFL-PI), candidato
a vice, pelo governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima
(PSDB), e pelos senadores
Efraim Moraes (PFL-PB), Heráclito Fortes (PFL-PI) e Roberto Freire (PPS-PE), o tucano disse que as grandes mudanças ocorrem próximo à eleição.
"Antes, o que existe é recall.
Agora é o momento da definição e vamos ao segundo turno."
Alckmin minimizou a estratégia eleitoral adotada pelo governador Cássio Cunha Lima,
candidato à reeleição que, em
seu programas de televisão,
evita falar no nome de Alckmin.
"Não há problema nenhum,
era para eu ter vindo aqui [à Paraíba] antes, mas não deu. Mas
a carreata de hoje (ontem) foi
uma das maiores que participei
nesta campanha." De acordo
com a PM, cerca de 5.000 pessoas e 800 carros acompanharam o tucano. Depois, em Campina Grande (PB), ele subiu em
um trio elétrico, convocou os
militantes para tirar Lula do
poder e disse que vai para o segundo turno como o candidato
da moralidade. Segundo a PM,
havia cerca de 3.500 pessoas.
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