|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alckmin e Serra lideram ato "fora Lula" hoje em São Paulo
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O ato pela "ética na política"
que o PSDB realizará hoje à
noite em São Paulo deve se
transformar no mais frontal
ataque ao presidente Lula e ao
PT desde o início da crise do
dossiê, no último dia 15.
No evento, denominado "Por
um Brasil Decente", os tucanos
vão pregar "fora Lula pelo voto
popular", em uma alusão à frase que embalou o processo de
impeachment do ex-presidente
Fernando Collor, em 1992.
Será capitaneado pelo presidenciável Geraldo Alckmin e
pelo candidato tucano ao governo paulista, José Serra, supostos "alvos" do dossiê que os
petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha tentavam comprar quando foram presos pelo
Polícia Federal.
Na reta final, a estratégia dos
tucanos é levar Alckmin para o
segundo turno e consolidar a
vitória de Serra já no próximo
domingo. Caso se confirme esse cenário, o grupo mais próximo do presidenciável sonha em
ter Serra e Aécio Neves, governador de Minas, como os principais cabos-eleitorais da sigla.
Outras "estrelas" do partido,
como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Aécio,
também são aguardados. Além
deles, o comando unificado das
duas campanhas espera contar
com as presenças de Paulo Souto (PFL), governador da Bahia,
e de "lideranças políticas, sindicais e empresariais, juristas, intelectuais, artistas e esportistas
que estejam inconformados
com a série de escândalos que
transformou o governo do PT
em um mar de lama".
A expectativa é reunir ao menos 3.000 pessoas no clube Espéria, zona norte de São Paulo.
Ontem, após Lula ter se comparado a Cristo, tucanos diziam
reservadamente que a resposta
a ele será dada no evento de hoje, com entrada gratuita.
Apesar disso, José Henrique
Reis Lobo, coordenador da
campanha unificada, continua
pregando internamente serenidade ao PSDB. Segundo ele,
"a revolta do partido com a tentativa do PT de atingir as lideranças tucanas não pode servir
de caldo de cultura para transformar a campanha numa
guerra sem quartel".
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Setores da oposição já propõem negociar agenda mínima de votações para 2007 Índice
|