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Ex-prefeita afirma ter ainda o sonho de ser presidente
Para 2010, porém, ela diz que Dilma é o nome do PT
EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL
Marta Suplicy voltou a dizer
que a vaga de candidata petista
à Presidência, em 2010, é da
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil), mas, em outro momento, afirmou que nenhum político pode descartar o sonho de
ocupar o cargo. Ela evitou criticar de forma contundente o governador José Serra (PSDB),
mas voltou a explorar o acirramento da disputa entre os dois
principais adversários. "Está
muito deteriorada essa relação", comentou, dizendo que,
apesar de considerar difícil, espera o apoio daquele que não
for ao segundo turno.
ELEIÇÃO 2010
"Há um apoio muito formal,
explícito, do presidente [a Dilma]. Ela está muito preparada,
participa de todas as grandes
decisões do governo."
Apesar disso, quando questionada, Marta afirmou que nenhum político pode descartar o
"sonho" de chegar à Presidência. Em outro momento, afirmou que o seu vice, Aldo Rebelo (PC do B), tem todas as condições de assumir a prefeitura.
"É um deputado com grande
prestígio, grande experiência e
pode assumir a Prefeitura de
São Paulo, o governo do Estado, a Presidência da República,
como já ocupou [de forma interina, quando era presidente da
Câmara dos Deputados]."
ALCKMIN X KASSAB
"Aceitaria o apoio do Alckmin, do Kassab, de todo mundo, gente. Eu acho que os eleitores de todos esses partidos
são eleitores vitais para eu poder ganhar a eleição no segundo turno", disse, em resposta
ao questionamento sobre se
aceitaria o apoio de Orestes
Quércia (PMDB), hoje aliado a
Kassab. "Acho que está muito
deteriorada essa relação [entre
Alckmin e Kassab] e espero ter
o apoio de quem não vá [ao segundo turno]. Ou talvez os eleitores de quem não vá. Porque é
muito difícil qualquer um dos
dois se posicionar num segundo turno", emendou.
Sobre Paulo Maluf (PP), também manifestou interesse do
apoio, mas só de seus eleitores.
"Minha história de vida não é
compatível com a dele."
TETO DO PT
Diante do questionamento
sobre se o PT não teria atingido
o "teto" de intenções de voto
em São Paulo, Marta argumentou que as pessoas estão prestando atenção nas propostas
dos candidatos. "Eu acho que o
que estamos propondo é tão
concreto e tão bom que (...) o
povo não é bobo, o povo percebe isso", afirmou. Sobre sua rejeição (a segunda maior, segundo o Datafolha, com 34%), mais
uma vez se ampara em Lula.
"Acredito que as pessoas vão
juntando as coisas. Vão juntando que o que o Lula propõe nacionalmente é o que nós fizemos em São Paulo. E essa parceria vai além de um partido
que está em São Paulo e o partido do presidente que comanda
a nação. É uma afinidade de
propostas muito grande", afirmou. Segundo ela, sua campanha levará essa "percepção" às
pessoas.
INJUSTIÇA
Marta afirmou que se sentiu
"injustiçada" em 2004, quando
foi derrotada em sua tentativa
de ser reeleita. E disse que isso
representou sua maior frustração na prefeitura. "Ah, senti
muito, senti [injustiçada]. Tinha certeza de que havia feito
um grande governo. (...) Não
adianta você fazer tanta coisa
se você não consegue comunicar também o que você fez." A
ex-prefeita afirma que perdeu
porque "desagradou" muita
gente. "Eu realmente desagradei muito. Fiz muita coisa ao
mesmo tempo. Isso eu acho
que hoje eu teria [dado] um
tempero diferente."
Ela se referia principalmente
à questão das taxas que criou.
Ao novamente fazer uma mea-culpa sobre isso, apontou para
a oposição. "Isso foi bem explorado pela oposição, erramos a
mão também, mas foi muito
bem explorado", afirmou, sobre a taxa do lixo.
JOSÉ SERRA
Marta evitou criticar de forma contundente o governo de
José Serra (PSDB). "Ainda é cedo, não tenho condições de avaliar." Mas lembrou que ele deixou a prefeitura "pela metade",
para concorrer ao governo do
Estado, em 2006.
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