São Paulo, sexta-feira, 25 de setembro de 2009

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CONGRESSO 2

Senado libera funcionários para atuar em bases estaduais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Faltando poucos meses para o início da campanha eleitoral de 2010, a cúpula do Senado decidiu ontem liberar até três funcionários comissionados das lideranças partidárias e da Mesa Diretora para atuarem nos escritórios políticos nos Estados dos senadores que ocupam esses cargos.
Há 34 dias isso havia sido proibido. O recuo se deu, segundo integrantes da Mesa, porque teria havido um apelo "unânime" por escrito dos líderes. Mas horas depois do anúncio, o líder do DEM, José Agripino (RN), e o do PT, Aloizio Mercadante (SP), afirmaram não ter sido consultados. Para o petista, a articulação é um "retrocesso".
Pela decisão de ontem, as áreas administrativas da Casa ficam liberadas a deslocar aos Estados dos senadores dois assessores técnicos (com salário de R$ 9,9 mil) e um secretário parlamentar, que recebe até R$ 7,6 mil.
"Não gera nenhuma despesa, não há nada errado, nenhuma aberração. A Mesa achou por bem atender a essa reivindicação, que é de todos os líderes", defendeu o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Existem aproximadamente 30 servidores comissionados (que entraram sem concurso público, por indicação) por gabinete, mas o número pode chegar a 79, já que os salários podem ser fracionados dando direito a mais vagas. Esses funcionários podem ser deslocados para trabalhar para seus senadores nos escritórios estaduais, na prática uma estrutura política nas bases dos parlamentares, não raras vezes utilizada nas campanhas eleitorais.
(LETÍCIA SANDER)


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