DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao anunciar ontem dados sobre a queda do desmatamento na região amazônica, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que o crime ambiental compensava no país até um ano atrás.
A crítica do ministro incluiu sua antecessora no cargo, a senadora e pré-candidata a presidente, Marina Silva (PV-AC). A ex-ministra não foi citada pelo atual titular da pasta, mas, segundo ele, o quadro de impunidade mudou a partir de sua gestão, iniciada em maio de 2008.
"Estava muito fácil, estava muito mole. O crime estava compensando. Agora com boi pirata, com trator pirata, com serra-fita pirata [corte feito com uma fita metálica] o crime está começando a deixar de compensar", disse.
Minc comentou os dados do Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). Em agosto, a derrubada de árvores na Amazônia Legal atingiu 498,1 km2, ante 756 km2 no mesmo mês de 2008.
Do total devastado neste ano, 301,1 km2 foram no Pará, seguido de Mato Grosso (105,2 km2) e Rondônia (50,9 km2).
Marina criticou ontem a política ambiental do governo. Dizendo-se "frustrada" com a falta de uma proposta para a redução de emissão de gases de efeito estufa, ela lançou movimento popular por metas contra o aquecimento global. A mobilização começa domingo, com uma caminhada no Rio.


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