São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2004

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O AUTOR

Turow integrou comissão sobre pena de morte

DA CALIFÓRNIA

Quando assumiu o governo do Estado de Illinois, o republicano George Ryan teria de mandar à morte 26 condenados. Resultado da investigação de grupos de direitos humanos, 13 daqueles 26 acabariam sendo libertados, a maioria devido a novas evidências de DNA. Um deles teve sua pena comutada 50 horas antes de tomar a injeção letal, devido a um trabalho escolar de estudantes de jornalismo investigativo.
Os aspirantes a repórteres pegaram o caso de Richard Porter como projeto. Com dois meses de investigação, descobriram que a principal testemunha da acusação não poderia tê-lo visto cometer o crime. Porter saiu da cadeia. "E se eles tivessem escolhido biologia naquele semestre?", perguntou-se Ryan.
Foi então que o governador instituiu uma comissão de advogados e acadêmicos que iria avaliar os mais de 160 condenados à morte em Chicago. A liderá-la, Scott Turow, autor de seis best-sellers e sócio de um dos maiores escritórios de advocacia locais.
"Encontramos processos com provas escondidas pela promotoria, advogados de defesa que foram à corte embriagados, tudo o que você pode imaginar", disse Turow. Com os resultados nas mãos, o governador comutou todas as penas dos presos que ainda não tinham sido libertados em prisão perpétua sem direito a liberdade condicional. (SD)


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