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O AUTOR
Turow integrou comissão sobre pena de morte
DA CALIFÓRNIA
Quando assumiu o governo
do Estado de Illinois, o republicano George Ryan teria de
mandar à morte 26 condenados. Resultado da investigação
de grupos de direitos humanos, 13 daqueles 26 acabariam
sendo libertados, a maioria devido a novas evidências de
DNA. Um deles teve sua pena
comutada 50 horas antes de tomar a injeção letal, devido a um
trabalho escolar de estudantes
de jornalismo investigativo.
Os aspirantes a repórteres pegaram o caso de Richard Porter
como projeto. Com dois meses
de investigação, descobriram
que a principal testemunha da
acusação não poderia tê-lo visto cometer o crime. Porter saiu
da cadeia. "E se eles tivessem
escolhido biologia naquele semestre?", perguntou-se Ryan.
Foi então que o governador
instituiu uma comissão de advogados e acadêmicos que iria
avaliar os mais de 160 condenados à morte em Chicago. A liderá-la, Scott Turow, autor de
seis best-sellers e sócio de um
dos maiores escritórios de advocacia locais.
"Encontramos processos
com provas escondidas pela
promotoria, advogados de defesa que foram à corte embriagados, tudo o que você pode
imaginar", disse Turow. Com
os resultados nas mãos, o governador comutou todas as penas dos presos que ainda não
tinham sido libertados em prisão perpétua sem direito a liberdade condicional.
(SD)
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