São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002 |
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Em tom de despedida, FHC participa de ato
DA REPORTAGEM LOCAL DA REDAÇÃO Emocionado e em tom de despedida, o presidente Fernando Henrique Cardoso participou ontem, em São Paulo, da abertura da 3ª Semana Sérgio Motta, em homenagem ao ex-ministro das Comunicações morto em 1998. O evento começou com a instalação do centro cultural Sérgio Motta, localizado no edifício central dos Correios. O ex-ministro era amigo de Fernando Henrique desde os anos 60. "Agora, que estou quase para terminar o meu mandato, me sinto mais à vontade de dizer que eu não iria feliz para a minha casa se não pudéssemos ver aqui, na nossa cidade de São Paulo, bem no coração dela, esse "nomão" cheio de generosidade e de amor que foi o nome do Sérgio Motta", disse o presidente, durante o discurso. Fernando Henrique carimbou simbolicamente o primeiro selo, lançado em comemoração à semana e descerrou a placa inaugurando o novo espaço. O presidente atribuiu à atuação de Sérgio Motta as rápidas mudanças na Lei das Telecomunicações, que permitiram a privatização da telefonia. Para ele, essas reformas foram prioritárias para que o Brasil entrasse na chamada era da informação. Os números do setor de telecomunicações referentes aos últimos sete anos, segundo o presidente, são "extraordinários". No período, a telefonia fixa passou de três milhões para 50 milhões e os celulares saíram do "quase zero para 30 milhões". Para ele, os brasileiros não se dão conta da "revolução tecnológica" pela qual passou o Brasil em razão da "baixa estima" da população. Chorando, a viúva do ministro, Vilma Motta, agradeceu a homenagem. Por causa emoção, acabou trocando nomes durante seu discurso: chamou o senador Romeu Tuma (PFL) e Roberto Tuma, mas corrigiu-se. Estiveram presentes ao evento tucanos do "primeiro escalão", como o senador José Serra, o governador Geraldo Alckmin, deputado José Aníbal e Aloysio Nunes Ferreira. Hoje a primeira-dama, Ruth Cardoso, presidirá a mesa "Retrospectiva Brasil: avanços e conquistas", com o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), o sociólogo José de Souza Martins, da USP, e o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Roberto Borges Martins. Na quinta, o governador de SP, Geraldo Alckmin, e o presidente do PSDB, José Aníbal, participam da mesa "O Brasil em 2003: perspectivas e obstáculos". (GA) Texto Anterior: PT criou "governo paralelo" para fiscalizar Collor Próximo Texto: Após cancelar reunião com equipe, Lula descansa no final de semana Índice |
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