São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

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Terrorismo é ameaça ao crescimento, diz Palocci

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com prefeitos e governadores petistas, na sexta, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse que o eventual aumento do terrorismo e um tropeço na votação das reformas no Senado podem ameaçar o crescimento econômico em 2004, ano de eleição municipal.
Palocci falou em crescimento mínimo de 4% no ano que vem, no cenário otimista. Segundo ele, os sacrifícios deste ano, de duro ajuste fiscal e monetário, poderão ser perdidos ou minimizados em 2004 se a economia dos EUA, por exemplo, for fortemente afetada por uma onda de terrorismo.
Em relação às reformas que tramitam no Senado, o discurso de Palocci foi mais cauteloso e cético do que o oficial. Para ele, há risco de parte importante da tributária não ser votada neste ano. Lula e Palocci pediram empenho e ajuda para aprovar as reformas.
O governo já decidiu fatiar a tributária em três fases. A primeira parte prevê a prorrogação da CPMF (o chamado imposto do cheque) e da DRU (Desvinculação de Receitas da União), pilares do ajuste econômico do Brasil. Uma demora em aprovar isso traria instabilidade econômica, afirmou Palocci.
Lula defendeu Palocci. Disse que o ministro era criticado injustamente porque o ajuste fiscal e a política monetária são decisões do governo. Segundo Lula, críticos, com medo de atacá-lo, atiram no ministro da Fazenda.
Apesar dos alertas, Lula e Palocci previram melhora do cenário econômico e prometeram ajudar candidatos petistas e aliados com verbas -mantida, porém, a compostura institucional do cargo.


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