DA REDAÇÃO

A campanha "Ouro para o Bem do Brasil" foi lançada pelos Diários Associados logo após o golpe de 1964, numa época em que o país enfrentava uma séria crise nas contas externas. A campanha pedia que as pessoas doassem objetos de ouro, dinheiro ou outros bens, que seriam entregues posteriormente ao novo presidente, o general Castello Branco.
A campanha recebeu o apoio de ministros e políticos que apoiavam o novo regime. O governador paulista Adhemar de Barros doou um mês de seu salário (400 mil cruzeiros). Quem doava um objeto feito de ouro recebia em troca uma aliança de metal com os dizeres "Legionários da Democracia".
Em maio de 1964, Castello disse que o dinheiro seria destinado à recuperação dos hospitais. Em setembro de 1966, o Ministério da Fazenda informou que a campanha rendera ao governo federal um total de 3 bilhões de cruzeiros e 31 milhões de cruzeiros. Dois terços foram aplicados na compra de obrigações de duas estradas de ferro.


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