São Paulo, sábado, 25 de novembro de 2006

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Lula articula marcha para a festa da posse

Presidente gostaria que Esplanada dos Ministérios fosse ocupada por militantes de movimentos sociais

KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula uma marcha dos movimentos sociais para sua festa de posse no segundo mandato. Desistiu de realizar a solenidade em duas datas e fará todas as cerimônias em 1º de janeiro de 2007, num evento mais modesto que o de 2003.
Devido ao feriado, Lula cogitava fazer uma "segunda posse" em 15 de janeiro para facilitar a vinda de autoridades estrangeiras que teriam dificuldades para viajar no Ano Novo.
O roteiro e a organização da posse de Lula foram discutidos e decididos na reunião de Coordenação de Governo na última segunda. Esse grupo, que reúne semanalmente Lula e os principais ministros, traça as principais diretrizes administrativas. Por decisão de Lula, o marqueteiro João Santana, que cuidou de sua campanha à reeleição, será o coordenador do evento e participará da preparação de dois discursos para o dia.
A posse deverá começar às 16h, com a ida de Lula ao Congresso para o juramento e um discurso que será centrado nas propostas de governo de coalização e medidas de desenvolvimento econômico mais acelerado. Lula estabeleceu o final do ano como prazo para a equipe econômica fechar com ele as medidas que tentarão tornar realidade um crescimento anual de 5% do PIB.
O presidente deixará o Congresso e fará desfile em carro aberto com a primeira-dama, Marisa Letícia. Sua intenção é percorrer uma Esplanada dos Ministérios recheada por militantes dos movimentos sociais. O ministro Luiz Dulci, que deve ser confirmado na Secretaria Geral da Presidência, foi encarregado de marcar uma agenda dos movimentos sociais com Lula. Nesses encontros, o presidente os convidará diretamente para a posse em Brasília.
Após o desfile, Lula fará um segundo discurso do parlatório do Palácio do Planalto, no qual dirá que os mais pobres continuarão a ser sua prioridade, apesar de afirmar que governará para todos. À noite, Lula e Marisa oferecerão um coquetel às autoridades estrangeiras e aos convidados nacionais.
A idéia é que veículos de comunicação e jornalistas também sejam convidados, mas serão discutidas eventuais restrições à cobertura da imprensa sobre o evento da noite.


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