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Lula articula marcha para a festa da posse
Presidente gostaria que Esplanada dos Ministérios fosse ocupada por militantes de movimentos sociais
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula uma marcha
dos movimentos sociais para
sua festa de posse no segundo
mandato. Desistiu de realizar a
solenidade em duas datas e fará
todas as cerimônias em 1º de janeiro de 2007, num evento
mais modesto que o de 2003.
Devido ao feriado, Lula cogitava fazer uma "segunda posse"
em 15 de janeiro para facilitar a
vinda de autoridades estrangeiras que teriam dificuldades para viajar no Ano Novo.
O roteiro e a organização da
posse de Lula foram discutidos
e decididos na reunião de Coordenação de Governo na última
segunda. Esse grupo, que reúne
semanalmente Lula e os principais ministros, traça as principais diretrizes administrativas.
Por decisão de Lula, o marqueteiro João Santana, que cuidou
de sua campanha à reeleição,
será o coordenador do evento e
participará da preparação de
dois discursos para o dia.
A posse deverá começar às
16h, com a ida de Lula ao Congresso para o juramento e um
discurso que será centrado nas
propostas de governo de coalização e medidas de desenvolvimento econômico mais acelerado. Lula estabeleceu o final
do ano como prazo para a equipe econômica fechar com ele as
medidas que tentarão tornar
realidade um crescimento
anual de 5% do PIB.
O presidente deixará o Congresso e fará desfile em carro
aberto com a primeira-dama,
Marisa Letícia. Sua intenção é
percorrer uma Esplanada dos
Ministérios recheada por militantes dos movimentos sociais.
O ministro Luiz Dulci, que deve
ser confirmado na Secretaria
Geral da Presidência, foi encarregado de marcar uma agenda
dos movimentos sociais com
Lula. Nesses encontros, o presidente os convidará diretamente para a posse em Brasília.
Após o desfile, Lula fará um
segundo discurso do parlatório
do Palácio do Planalto, no qual
dirá que os mais pobres continuarão a ser sua prioridade,
apesar de afirmar que governará para todos. À noite, Lula e
Marisa oferecerão um coquetel
às autoridades estrangeiras e
aos convidados nacionais.
A idéia é que veículos de comunicação e jornalistas também sejam convidados, mas serão discutidas eventuais restrições à cobertura da imprensa
sobre o evento da noite.
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