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memória
Publicitário já é réu no mensalão
DA REDAÇÃO
Em agosto deste ano, o
publicitário Duda Mendonça tornou-se réu no
processo aberto pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) para investigar o esquema do mensalão.
Foi o próprio Duda que,
em agosto de 2005, admitiu ter recebido ilegalmente, em 2003, R$ 11,9 milhões do publicitário Marcos Valério de Souza para
cobrir dívidas deixadas pelas campanhas que fez para o PT. Desse valor, R$
10,5 milhões foram depositados nas Bahamas.
"O dinheiro era claramente de caixa dois, a gente não é bobo. Nós sabíamos, mas não tínhamos
outra opção, queríamos
receber", disse Duda, que
em 2002 tinha feito campanhas para Lula, José Genoino, Aloizio Mercadante
e Benedita da Silva.
As campanhas de Duda
em 2002 não foram as únicas nas quais o marqueteiro foi acusado de ter recebido pagamentos por meio
do caixa dois. Em 1993, o
nome de Duda surgiu no
inquérito que investigava
a empresa Pau-Brasil, acusada de arrecadar ilegalmente recursos para campanhas de hoje deputado
federal Paulo Maluf -para
quem Duda trabalhou nas
disputas de 1990 (governador) e 1992 (prefeito).
A mesma acusação voltou a ser feita depois que
Duda trabalhou na campanha de Maluf para governador, em 1998: o doleiro
Vivaldo Alves disse que
transferiu em 1998 US$ 5
milhões para Duda Mendonça em conta nos EUA.
A mesma acusação de
uso de caixa dois voltou a
ser feita contra o publicitário em razão de outra
campanha de 1998, a de
Eduardo Azeredo -na
qual Duda teria recebido
R$ 4,5 milhões, dos quais
apenas R$ 700 mil foram
declarados oficialmente.
Essa não foi a primeira
vez que Duda trabalhou
para o PSDB -em 1994 ele
já tinha feito a campanha
de Jutahy Magalhães Jr.
ao governo da Bahia. Quatro anos depois, além de
Azeredo, ele também trabalhou para os tucanos
Dante de Oliveira, em Mato Grosso, Luiz Paulo Correa da Rocha, no Rio, e Tereza Jucá, em Roraima.
Lúcia Vânia, hoje senadora pelo PSDB de Goiás,
contratou Duda em 1994, e
o mesmo fez Barros Munhoz, então no PMDB, que
atualmente é líder de José
Serra (SP) na Assembléia.
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