São Paulo, domingo, 25 de novembro de 2007

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Banco Rural mentiu ao STF, diz procurador

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Banco Rural mais uma vez está na mira do Ministério Público Federal e pode ser alvo de nova investigação, caso o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa acate o pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. As novas suspeitas envolvem até enviar "informações falsas ao STF". Todas relacionadas ao valerioduto tucano.
Antonio Fernando relacionou uma série de suspeitas contra diretores do Rural, mas cita no documento encaminhado a Barbosa apenas o nome da presidente Kátia Rabelo.
Ele pede que seja remetida a documentação contra a instituição para que seja instaurado inquérito pela Procuradoria da República em Minas Gerais para "apurar a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional".
"Conforme consta nos autos, o Banco Rural foi gerido de forma criminosa. Entre outros fatos, podem ser apontados concessões de empréstimos de modo ilegal, concessões de empréstimos dentro de esquema de lavagem de dinheiro, apresentação de informações falsas ao atender ordem do STF, deliberada não identificação de depósitos em espécie, manobras fraudulentas para omitir identificação de depositantes", escreve o procurador. Os fatos estão "documentados", segundo ele, nos laudos periciais da Polícia Federal.
O procurador escreve que "a atividade criminosa [valerioduto tucano] era desenvolvida em consórcio com instituições financeiras, notadamente o Banco Rural".
O Banco Rural, em nota, disse não ter sido notificado acerca da apuração de supostas práticas de crime financeiro, mas negou as suposições, afirmando ter cumprido com "rigor" as exigências do Banco Central. "Todas as suas operações financeiras cumpriram rigorosamente com as exigências do Banco Central e demais órgãos reguladores do sistema financeiro. O Banco Rural disponibilizou todas as informações solicitadas pela Polícia Federal."
(PAULO PEIXOTO)


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