|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dois dos 15 denunciados aderiram ao governo Lula
Walfrido e Bicalho foram trabalhar em governos do PT
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
Dos 15 denunciados pela Procuradoria Geral da República
por conta do valerioduto tucano de 1998, dois deles trocaram
de lado e foram trabalhar com o
PT. Um deles é Walfrido dos
Mares Guia, o ministro que deixou o governo Lula na quarta-feira. O outro é José Afonso Bicalho, ex-presidente do privatizado banco mineiro Bemge.
Bicalho é o atual secretário
de Finanças de Belo Horizonte,
administrada pelo PT. Ele deverá continuar no cargo, segundo o próprio prefeito Fernando
Pimentel, que pediu "cautela
neste momento" e disse que
seu secretário continua a merecer sua "confiança".
"Denúncia não é sentença
condenatória. A denúncia nem
sequer foi aceita pelo STF. Eu,
particularmente, tenho a maior
cautela nesse tipo de situação",
disse Pimentel. Ele afirmou
que seu secretário "está mantido no cargo e assim permanecerá até prova em contrário".
Walfrido, que é do PTB, foi
vice-governador de Eduardo
Azeredo (1995-1998). Depois
disso, quando se elegeu deputado federal, começou a se aproximar do PT, especialmente no
segundo turno da eleição presidencial de 2002 -no primeiro
turno apoiou Ciro Gomes.
O ex-ministro foi acusado
pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando
Souza, de ser um dos idealizadores do esquema que teria
usado "ao menos R$ 3,5 milhões de recursos públicos" do
governo de Minas, em 1998, para financiar parte da campanha
à reeleição do hoje senador
Azeredo. Ele e o senador, que
negam a denúncia, foram denunciados por peculato e lavagem de dinheiro.
A reportagem não conseguiu
localizar Bicalho. Na prefeitura, a informação na sexta era
que ele "não estava".
Há dois meses, ele negou à
Folha envolvimento com o suposto desvio. Disse que era o
presidente do Bemge, mas dedicado apenas à privatização do
banco estatal.
(PAULO PEIXOTO)
Texto Anterior: Banco Rural mentiu ao STF, diz procurador Próximo Texto: Elio Gaspari: Lembra da Telebrás? Querem ressuscitá-la Índice
|