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São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

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PAINEL

Fatia generosa
O Acre, do petista Jorge Viana, é o Estado que recebeu, proporcionalmente, mais recursos federais em 2003. Dos R$ 211 milhões previstos, 20,67% foram pagos até 15 de dezembro, segundo o sistema de acompanhamento de gastos do governo.

Refeição modesta
O governo investiu em obras nos Estados 10,34% do estipulado no Orçamento. As outras três administrações petistas ficaram abaixo da média. São Paulo, do tucano Geraldo Alckmin, recebeu da União apenas 6,28% dos R$ 487 milhões previstos.

Maldição tucana 1
Descoberta nova semelhança entre os governos de FHC e de Lula. O tucano também não havia completado um ano no cargo quando Itamar Franco começou a lhe criar dificuldades.

Maldição tucana 2
Primeiro, Itamar quis voltar da embaixada em Lisboa -agora pretende deixar a de Roma. Poucos meses depois já criticava a política econômica. O final da história todos conhecem.

Fim de caso
Em vigor desde a década passada, a aliança entre PPS e PSDB no Ceará deve acabar em 2004. Ciro Gomes prefere apoiar Inácio Arruda, do PC do B, ou lançar um nome de seu partido a aliar-se ao candidato de Tasso Jereissati e Lúcio Alcântara.

Cadeira em disputa
Em janeiro, Valdemar Costa Neto deixará a liderança do PL na Câmara para ficar apenas na presidência da sigla. Seu lugar é disputado, entre outros, pelo Bispo Rodrigues (RJ), da ala evangélica, e por Inaldo Leitão (PB), mais ligado a Costa Neto.

QG do emprego
Os ministros Jaques Wagner (Trabalho) e José Viegas (Defesa) fecharam acordo para utilizar quartéis das Forças Armadas como bases de apoio para o programa Primeiro Emprego.

Lugar na vitrine
Já tem data prevista o rompimento do peemedebista Roberto Requião com o governo federal. Convencido de que a gestão Lula é muito "conservadora", o governador do Paraná espera liderar, a partir de janeiro, a oposição à esquerda do PT.

Choque no bolso
Paraná e Minas Gerais torcem o nariz para o novo modelo do setor elétrico. Sedes de Itaipu e Furnas, as duas maiores produtoras de energia do país, os dois Estados calculam que terão prejuízos com as mudanças decididas pelo governo federal.

Pré-campanha 1
O PT de São Paulo começou a elaborar o novo programa de governo de Marta Suplicy, pré-candidata à reeleição em 2004. Ricardo Sartori, membro do diretório municipal, está realizando reuniões com militantes e técnicos da atual administração.

Pré-campanha 2
A coleta de dados para o programa de governo do PT para a capital paulista no período 2005-2008 deve ser concluída em fevereiro. Nos dias 26 e 27 de março, o diretório deve homologar a candidatura de Marta.

Pré-campanha 3
Do vereador tucano Roberto Tripoli, sobre a revista lançada a propósito dos "mil dias" da administração de Marta Suplicy: "Em 44 páginas, nada se diz a respeito do violento aumento de IPTU e de ISS, nem sobre os 2.323 cargos em comissão criados para cabos eleitorais do PT".

Pró-escolha
O senador catarinense Leonel Pavan, do PSDB, prepara projeto de lei para estimular cirurgias de laqueadura e vasectomia em hospitais públicos. Também quer disseminar informações sobre planejamento familiar.

TIROTEIO

Do deputado estadual Cândido Vaccarezza (PT), sobre o tucano Geraldo Alckmin ter declarado que é fácil aumentar impostos e fazer obras caras:
-Imagino que o governador de São Paulo tenha feito uma autocrítica de seu governo e da administração FHC ao afirmar essa bobagem. Geraldo Alckmin aumentou os pedágios das rodovias paulistas em 23% neste ano e já acena com um reajuste de 6% para 2004.

CONTRAPONTO

Audiência qualificada

As transmissões da TV Senado têm uma espectadora vigilante. Aos 92 anos, dona Kiola acompanha diariamente a programação da emissora para fiscalizar o trabalho do presidente da Casa, seu filho José Sarney.
A depender do que observa na tela, telefona para opinar a respeito do trabalho dos senadores, destacar os melhores momentos das sessões ou mesmo indagar sobre a saúde do filho quando este lhe parece cansado.
Na sexta-feira passada, ela seguia pela TV a cerimônia de promulgação das reformas tributária e da Previdência.
Eclipsado pelo desentendimento entre Câmara e Senado a propósito da convocação extraordinária do Congresso em janeiro, o evento pareceu um tanto confuso a dona Kiola, que resolveu reclamar com o filho:
-Não entendi nada!
-Não se preocupe. Eu também não- tranquilizou Sarney.


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