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PARÁ
Análise de documentos foi autorizada pela Justiça estadual
Perícia paga por Jader o inocenta de acusação de desvio no Banpará
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Como parte de sua estratégia
para tentar voltar à vida pública, o
ex-senador Jader Barbalho
(PMDB-PA) apresentou ontem o
resultado de uma perícia nos documentos do Banpará (Banco do
Estado do Pará) que o inocenta da
acusação de ter desviado R$ 5,5
milhões do banco entre 84 e 85,
quando era governador do Pará.
Jader quer ser candidato ao Senado ou ao governo estadual. O
ex-presidente do Senado pagou
R$ 18 mil, em juízo, ao contador
Marco Aurélio Pimentel Moura
pela perícia nos documentos, que
incluem o relatório elaborado pelo inspetor do Banco Central
Abrahão Patruni Júnior. A perícia
foi realizada com autorização da
Justiça estadual.
O perito foi nomeado pela juíza
Rosileide Maria Cunha Filomeno,
a mesma que acatou o pedido dos
advogados de Jader para que a perícia fosse feita. A juíza pediu ao
Conselho Regional de Contabilidade que listasse três peritos e escolheu Moura.
O Ministério Público Estadual
informou ontem que vai contestar a perícia e nomear técnicos para analisarem a documentação.
"A perícia mostra para a opinião pública que fui vítima de um
pacote para me retirar do cenário
político nacional", disse Jader.
No ano passado, o Ministério
Público entrou com uma ação civil pública de ressarcimento no
Tribunal de Justiça estadual contra Jader e outros 13 para que fosse devolvido aos cofres públicos o
dinheiro desviado. A Justiça do
Pará indeferiu a ação.
Na conclusão, o perito diz que
Jader "não foi beneficiado nessas
aplicações [desvio por meio de
cheques administrativos"".
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