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OUTRO LADO
"Você parte do princípio de que não existe má-fé"
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário estadual de
Finanças do Rio, Mário Tinoco, que foi subsecretário
de Fazenda na administração Anthony Garotinho, reconhece que a criação da
Inspetoria de Contribuintes
de Grande Porte pode ter facilitado a criação do esquema de corrupção comandado pelo fiscal de rendas Rodrigo Silveirinha Corrêa.
"Você parte do princípio
de que não existe má-fé [dos
fiscais], mas se ela existir, o
resultado é muito pior para
o Estado, porque ela está
concentrada [na Inspetoria].
É uma conclusão óbvia, mas
a gente tem que pensar não
por esse lado, mas pelo lado
do aumento da ação fiscalizadora do Estado", afirmou.
Segundo o secretário, a tendência da governadora
Rosinha Matheus é criar inspetorias especializadas por
setores da economia, descentralizando a ação fiscal.
Tinoco contesta os dados do Ministério da Fazenda,
que mostra que o crescimento da arrecadação de
ICMS do Rio segue curva similar à de Minas Gerais.
"No caso do Rio, houve aumentos de combustível e
tarifas que ajudaram no incremento da arrecadação do
Estado, mas ação fiscalizadora se intensificou também, contribuindo para o
crescimento no ICMS."
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