São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2000


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Sem Calabi, governo perde, diz Covas

da Sucursal de Brasília

O governador tucano Mário Covas (SP) afirmou ontem que o governo federal perdeu com a saída de Andrea Calabi e disse que o novo presidente do BNDES, Francisco Gros, é ligado ao Ministério da Fazenda.
"Francisco Gros tem vinculações maiores com a linha que a Fazenda defende. O Calabi era um homem de ações concretas, de operação entre público e privado", afirmou Covas, em entrevista ao canal de TV por assinatura "Globo News".
Antes, ao sair do Palácio da Alvorada, onde se reuniu com o presidente Fernando Henrique Cardoso, Covas disse "deplorar" a saída de Calabi, mas afirmou que o ministro Alcides Tápias (Desenvolvimento) tem todo o direito de substituí-lo.
Questionado se o PSDB sai perdendo com a saída do tucano Calabi, Covas disse que é o governo quem perde.
"Já perdeu os dois irmãos (Mendonça de Barros), agora perdeu o Calabi."
Covas e FHC participaram de uma cerimônia no Alvorada com pesquisadores e cientistas paulistas. O governador afirmou que não conversou com FHC sobre assuntos da agenda nacional.
Mário Covas disse que "muito provavelmente" vai entrar na Justiça contra outros Estados, por causa da guerra fiscal. Anteontem, ele acionou Bahia e Paraná.
O governador defendeu que o governo incentive investimentos e a construção de infra-estrutura no Nordeste, mas afirmou que a guerra fiscal é ilegal.
Ele ironizou o fato de o presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ter afirmado que a Bahia entraria na Justiça contra São Paulo. "Ele vai entrar contra São Paulo? Então, está bom."
Para Covas, a reforma tributária resolveria o problema. Contudo, ele criticou a comissão da Câmara, que pára as votações para ouvir o governo. Segundo ele, a Secretaria da Receita Federal e o Ministério da Fazenda não querem votar a reforma.
Sobre o novo salário mínimo, o governador paulista disse que ele deve ser "o possível", pois o assunto está relacionado com gastos da Previdência e dos municípios.


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