São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001 |
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PAINEL Convocação militar O grupo carlista alijado do poder já recebeu as coordenadas do chefe. A ordem é radicalizar a guerra contra FHC. O mote: o presidente optou por premiar a banda podre do governo e puniu aqueles que a denunciavam. Ferida aberta Avaliando que agora não têm nada a perder, ACM e seus aliados irão espremer até a última gota a "contradição" de FHC. Na nota em que anunciou as demissões de Ornélas (Previdência) e Tourinho (Minas e Energia), o presidente teria dado razão a ACM ao mandar investigar áreas do governo sob a influência do rival PMDB. Golpe de misericórdia A cúpula do PSDB aproveita o embalo para tentar passar mais uma rasteira em ACM. O partido enviou sinais de que gostaria de ver em suas fileiras o senador e ex-governador Paulo Souto (PFL-BA), um dos políticos mais ligados ao cacique. Lei do passe Os tucanos avaliam que é muito complicado atrair Paulo Souto para a sigla. Além da fidelidade ao carlismo, o senador dificilmente teria espaço para disputar o governo baiano pelo PSDB, que já empenhou seu apoio a Geddel Vieira Lima (PMDB). Corredor polonês O único afilhado de ACM que escapou do facão que tumultuou o Planalto foi José Mario Abdo, diretor-geral da Aneel. A sorte dele é ter mandato, aprovado por FHC e pelo Congresso, até o final do ano de 2004. Polícia em reforma A PF estuda uma reestruturação. A idéia é agregar funções e criar três delegacias de âmbito nacional: Delecaf (Delegacia de Crimes Agrários e Fundiários), encarregada de apurar crimes ligados a disputa de terras; a DeleDH (Delegacia de Crimes contra os Direitos Humanos); e DeleCOF (Delegacia de Crimes Contra a Ordem Financeira). Divisão de tarefas Além das novas delegacias que a PF pretende criar em âmbito nacional, já existem hoje seis delegacias especializadas: contra entorpecentes; de segurança patrimonial; ordem política; combate a crimes previdenciários; combate a crimes fazendários; e de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. Em princípio, serão todas mantidas. Versão francesa Na sua viagem a Paris, que inicia hoje, Marta Suplicy não irá encontrar o prefeito da cidade, Jean Tiberi, do RPR (Reunião pela República, de centro-direita). Envolvido em escândalos e em final de mandato, Tiberi foi apelidado de "Celso Pitta parisiense" pelo staff da prefeita. Festa alvinegra Marta e Eduardo Suplicy irão ao Pacaembu no dia 18 de março, onde Corinthians e Santos jogam na reabertura de reformas do estádio. Santista, a prefeita espera ser recebida pela torcida adversária como na madrugada de ontem, quando foi ovacionada ao chegar ao sambódromo durante o desfile da Gaviões da Fiel. Marta completa 56 anos no dia do clássico. Confusão à esquerda A esquerda do PT está enviando e-mails para os membros do partido avisando que define até março seu candidato para as prévias que escolherá a chapa à Presidência da República. Estatização já Os prováveis nomes da esquerda petista são Walter Pomar, vice-presidente do partido, e o deputado federal Milton Temer (RJ). Entre as propostas estão a estatização do sistema financeiro e reversão das principais privatizações de FHC. Ordem e progresso Andrea Matarazzo (Comunicação de Governo) levou a Pratini de Moraes (Agricultura) pesquisa revelando que 76% da população aprovou a reação do governo ao veto do Canadá à carne brasileira. Um ponto, enfim. TIROTEIO Do senador Waldeck Ornélas (PFL-BA), ministro exonerado da Previdência na última sexta, sobre a insinuação de que teria feito críticas a ACM junto a FHC para tentar se manter no cargo: - Quem fala isso age de má-fé. Nunca falei com o presidente sobre Antonio Carlos Magalhães e não faria qualquer barganha pelo cargo. CONTRAPONTO Incendiária dos bombeiros
A senadora Heloísa Helena
(PT-AL) é conhecida pela virulência dos seus discursos. |
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