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Governo quer
tornar CPMF
permanente
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O esboço da reforma tributária negociado pelo governo Lula com os governadores prevê que a CPMF
(imposto do cheque) vai virar um tributo permanente.
A idéia é ter, no futuro, uma
alíquota simbólica, destinada à fiscalização da Receita
Federal, mais do que à arrecadação. Mas, por mais algum tempo, permanecerá a
alíquota de 0,38%, que deverá garantir aos cofres públicos cerca de R$ 20 bilhões
neste ano.
Embora a prorrogação da
CPMF não apareça na "Carta de Brasília", documento
divulgado após a recente
reunião de dois dias na
Granja do Torto, o líder do
governo no Senado, Aloizio
Mercadante (PT-SP), disse
que ela também faz parte do
pacote de mudanças tributárias que já conta com o apoio
dos governadores.
O assunto fez parte da exposição do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda)
aos governadores. Ele deixou claro que o governo não
poderia abrir mão tão cedo
da arrecadação da CPMF,
mas que gostaria de transformá-la, mais adiante, em
tributo simbólico, segundo
relato do governador Germano Rigotto (RS).
Mercadante descarta a elevação da alíquota que incide
hoje sobre as transações financeiras.
(MARTA SALOMON)
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