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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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Déficit das contas do INSS fica em R$ 1,7 bi no primeiro mês do ano

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No primeiro mês do governo Luiz Inácio Lula da Silva, as contas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) fecharam com um déficit de R$ 1,7 bilhão.
O saldo negativo apresentou um crescimento de 65% em relação a janeiro do ano passado - R$ 1,026 bilhão. A arrecadação de contribuições previdenciárias no mês de janeiro ficou em R$ 5,461 bilhões, enquanto o pagamento de benefícios alcançou a marca de R$ 7,201 bilhões.
Segundo o Ministério da Previdência, o reajuste do salário mínimo -que provoca a elevação no valor de 14 milhões de benefícios-, o aumento dos benefícios acima do salário mínimo -que são reajustados em junho-, além da concessão de novas aposentadorias e pensões são os principais motivos para o aumento do déficit nas contas na comparação com janeiro.
O ministério ressalta, no entanto, que em relação a novembro do ano passado houve queda de 16,4%. Naquele mês, o rombo chegou a R$ 2,03 bilhões.
Os técnicos evitam fazer a comparação desses dados com os números de dezembro porque se trata de um mês atípico devido ao pagamento do décimo terceiro dos aposentados. Em dezembro, o déficit ficou próximo de R$ 3 bilhões. Para este ano, a previsão do governo é que o rombo do INSS atinja R$ 23,8 bilhões. A estimativa anterior era que as contas fechassem o ano com um saldo negativo de R$ 19 bilhões.
No ano passado, a diferença entre a arrecadação e o pagamento dos benefícios foi negativa em R$ 17 bilhões. Apesar do crescimento do rombo, o governo diz que a reforma previdenciária não incluirá o INSS, somente o regime do setor público. A justificativa é que o sistema para financiamento das aposentadorias do setor privado se sustenta no longo prazo. (JS)


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