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Déficit das contas do INSS fica em R$ 1,7 bi no primeiro mês do ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No primeiro mês do governo
Luiz Inácio Lula da Silva, as contas do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) fecharam com um
déficit de R$ 1,7 bilhão.
O saldo negativo apresentou
um crescimento de 65% em relação a janeiro do ano passado -
R$ 1,026 bilhão. A arrecadação de
contribuições previdenciárias no
mês de janeiro ficou em R$ 5,461
bilhões, enquanto o pagamento
de benefícios alcançou a marca de
R$ 7,201 bilhões.
Segundo o Ministério da Previdência, o reajuste do salário mínimo -que provoca a elevação no
valor de 14 milhões de benefícios-, o aumento dos benefícios
acima do salário mínimo -que
são reajustados em junho-, além
da concessão de novas aposentadorias e pensões são os principais
motivos para o aumento do déficit nas contas na comparação
com janeiro.
O ministério ressalta, no entanto, que em relação a novembro do
ano passado houve queda de
16,4%. Naquele mês, o rombo
chegou a R$ 2,03 bilhões.
Os técnicos evitam fazer a comparação desses dados com os números de dezembro porque se
trata de um mês atípico devido ao
pagamento do décimo terceiro
dos aposentados. Em dezembro,
o déficit ficou próximo de R$ 3 bilhões. Para este ano, a previsão do
governo é que o rombo do INSS
atinja R$ 23,8 bilhões. A estimativa anterior era que as contas fechassem o ano com um saldo negativo de R$ 19 bilhões.
No ano passado, a diferença entre a arrecadação e o pagamento
dos benefícios foi negativa em R$
17 bilhões. Apesar do crescimento
do rombo, o governo diz que a reforma previdenciária não incluirá
o INSS, somente o regime do setor público. A justificativa é que o
sistema para financiamento das
aposentadorias do setor privado
se sustenta no longo prazo.
(JS)
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