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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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Para Ibase, são 44 milhões; para Ipea, 25,5 milhões

Novo presidente do IBGE pretende definir índice oficial de pobreza

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Em sintonia com o governo Lula, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) poderá definir uma linha de pobreza oficial para o país e também mapear as áreas a serem atendidas pelo programa Fome Zero. É o que disse o novo presidente do instituto, Eduardo Pereira Nunes, 49, em entrevista à Folha.
"A Pesquisa de Orçamento Familiar não será só [para dar parâmetro de gasto ao] IPCA [índice oficial de inflação]. Tem indicador de pobreza. Vai poder estabelecer até mesmo uma linha de pobreza. A POF terá cobertura nacional", afirmou.
"Está sendo definido um conceito de pobreza comparável entre os países pela ONU. Só com essas recomendações metodológicas é que o IBGE poderá construir essa linha. O Brasil não tem um número oficial por isso. Espera-se para daqui dois anos."
Durante a campanha, Lula falava em 44 milhões de pessoas (26% da população) que passam fome no Brasil, dados do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas). O Ipea, ligado ao Ministério do Planejamento, contabiliza 25,5 milhões.
Nunes quer montar um "projeto de análise do processo de desenvolvimento sustentado da economia". "Compreenderia estudos nas áreas demográfica, econômica e ambiental sobre o impacto do nosso modelo de desenvolvimento." Economista formado pela Unicamp, Nunes é o primeiro funcionário de carreira a presidir o IBGE. Foi colega de mestrado do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) -mas nega ter sido indicado por ele.


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