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MENSALÃO
Ex-diretora e ex-sócio da SMPB jogam toda a culpa em Valério
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Ex-diretora financeira da
agência SMPB, Simone Vasconcelos disse ontem, em interrogatório do processo do
mensalão em Belo Horizonte, que não vê crime nos pagamentos que fez a assessores de políticos e transferiu a
responsabilidade para o empresário Marcos Valério.
"Não competia a mim
questionar. Eu recebia ordens do Marcos Valério",
disse Vasconcelos ao juiz federal Alexandre Buck. Ela
disse que sabia que o dinheiro dos pagamentos era proveniente de empréstimos
bancários para o PT, mas
nunca questionou a relação
entre Marcos Valério e o partido, nem procurou saber
quem eram as pessoas para
as quais fazia os pagamentos.
À noite depôs Cristiano
Paz, ex-sócio de Valério na
SMPB, que atribuiu toda a
relação com o PT a Valério.
Disse ter "questionado os altos valores dos empréstimos" (R$ 55 milhões), mas
Valério disse ter garantias
dos dirigentes petistas e promessas de ganhar contas publicitárias. Paz disse que procurou o vice-presidente do
Banco Rural na ocasião, José
Augusto Dumont (já morto),
que também o tranqüilizou.
Ontem estava programado
o depoimento de Rogério Tolentino, sócio de Valério.
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