JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

A secretária de Estado do governo Barack Obama, Hillary Clinton, deve incluir uma visita a São Paulo em seu roteiro de viagem no Brasil. No dia 3, ela tem encontro agendado em Brasília com o presidente Lula e com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.
Em São Paulo, Hillary poderá se reunir com o governador José Serra (PSDB). O Departamento de Estado confirma a ida a São Paulo, mas não detalha a agenda, que está em discussão.
O governo paulista afirma que ela deve ficar poucas horas em São Paulo e que, a princípio, não está agendado um encontro com Serra.
Hoje chega ao Brasil o subsecretário de Estado dos EUA, William Burns, que vai ajudar a preparar a visita de Hillary, antecipada pela Folha. Ele é o responsável pelas conversas com outros países sobre sanções ao Irã.
"Não nego que o Irã estará entre os assuntos em discussão com o Brasil", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
"Claramente o Brasil é uma potência emergente com influência crescente na região e no mundo e nós acreditamos que, junto com essa influência, vem a responsabilidade. Vamos conversar com o Brasil sobre o caminho a seguir com o Irã", afirmou Crowley.
Os EUA lideram uma campanha para aprovar novas sanções contra o país no âmbito do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil faz parte do conselho com um assento rotativo e até agora tem afirmado que ainda é possível seguir o caminho do diálogo com o Irã em relação ao seu programa nuclear.
Questionado sobre a posição dos EUA em relação à disputa entre os governos argentino e britânico no caso das ilhas Malvinas, Crowley disse que os americanos defendem a resolução pela diplomacia. Ele ressaltou que Hillary se encontrará com a presidente Cristina Kirchner na visita ao Uruguai.


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