São Paulo, domingo, 26 de março de 2006

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DE CASA NOVA

Inauguração é quinta; não há previsão para o retorno do presidente

Restauração do Alvorada acaba depois de 15 meses

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um evento na próxima quinta-feira no Palácio da Alvorada vai marcar o término das obras de restauração da residência oficial da Presidência da República.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia vão receber cerca de 200 convidados, de patrocinadores da obra a integrantes do Legislativo e Judiciário, além de ministros e presidentes de estatais.
Ainda não há data confirmada para o retorno do casal ao Palácio, inaugurado em 1958.
Lula e Marisa estão desde o início de outubro de 2004 na residência da Granja do Torto. Inicialmente orçada em cerca de R$ 16 milhões e iniciada 15 meses atrás, a restauração foi concluída com um custo de R$ 18,4 milhões.
O valor foi dividido em cotas de R$ 920 mil para cada uma das 20 empresas que bancaram o projeto. A Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base) coordenou o recolhimento do dinheiro do patrocínio -acertado em 2004, num jantar de dirigentes da entidade com Lula para solucionar principalmente problemas hidráulicos e elétricos.
Um dos pontos delicados da obra foi a restauração do piso térreo, montado com jacarandá-da-bahia, árvore nativa cuja extração é proibida pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis). O órgão teve de disponibilizar madeira do mesmo tipo apreendido em operações de fiscalização.
A restauração vinha sendo adiada desde 1999, pelo menos. Na ocasião, durante o governo FHC (1995-2002), a Fundação Banco do Brasil chegou a encomendar um projeto ao arquiteto Oscar Niemeyer -autor do desenho do Palácio. A obra, porém, nunca chegou a ser concretizada.
Agora, além de Niemeyer, a restauração teve o crivo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). (EDUARDO SCOLESE E PEDRO DIAS LEITE)

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