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DE CASA NOVA
Inauguração é quinta; não há previsão para o retorno do presidente
Restauração do Alvorada acaba depois de 15 meses
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um evento na próxima quinta-feira no Palácio da Alvorada vai
marcar o término das obras de
restauração da residência oficial
da Presidência da República.
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia vão receber cerca de 200
convidados, de patrocinadores da
obra a integrantes do Legislativo e
Judiciário, além de ministros e
presidentes de estatais.
Ainda não há data confirmada
para o retorno do casal ao Palácio,
inaugurado em 1958.
Lula e Marisa estão desde o início de outubro de 2004 na residência da Granja do Torto. Inicialmente orçada em cerca de
R$ 16 milhões e iniciada 15 meses
atrás, a restauração foi concluída
com um custo de R$ 18,4 milhões.
O valor foi dividido em cotas de
R$ 920 mil para cada uma das 20
empresas que bancaram o projeto. A Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias
de Base) coordenou o recolhimento do dinheiro do patrocínio
-acertado em 2004, num jantar
de dirigentes da entidade com Lula para solucionar principalmente
problemas hidráulicos e elétricos.
Um dos pontos delicados da
obra foi a restauração do piso térreo, montado com jacarandá-da-bahia, árvore nativa cuja extração
é proibida pelo Ibama (Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e
dos Recursos Renováveis). O órgão teve de disponibilizar madeira do mesmo tipo apreendido em
operações de fiscalização.
A restauração vinha sendo adiada desde 1999, pelo menos. Na
ocasião, durante o governo FHC
(1995-2002), a Fundação Banco
do Brasil chegou a encomendar
um projeto ao arquiteto Oscar
Niemeyer -autor do desenho do
Palácio. A obra, porém, nunca
chegou a ser concretizada.
Agora, além de Niemeyer, a restauração teve o crivo do Iphan
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
(EDUARDO SCOLESE E PEDRO DIAS LEITE)
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