São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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Opositores acenam com fim de obstrução

Deputados prometem votar medidas do PAC se Chinaglia enviar explicação sobre CPI do Apagão Aéreo

GABRIELA GUERREIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Depois da paralisia da Câmara nas últimas duas semanas, governo e oposição prometem retomar os trabalhos da Casa nesta terça-feira com o início da votação das medidas provisórias do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A oposição diz que vai acabar com a obstrução dos trabalhos se o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), enviar ao STF (Supremo Tribunal Federal) até terça-feira resposta ao requerimento de informação sobre os motivos que o levaram a adiar a instalação da CPI do Apagão Aéreo.
"Se ele mandar [a resposta], não tem porque fazer obstrução. Estamos dispostos a votar as matérias do PAC que não forem inconstitucionais. Queremos ver o PAC desembrulhado o mais rápido possível para ver o governo cumprir o que promete", disse o líder do PFL na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS).
O líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), se mostrou disposto a dialogar com a oposição. "As MPs [do PAC] são boas não apenas para o governo, mas para o Brasil."
No total, o PAC recebeu mais de 700 emendas de deputados -a maioria da oposição. "Não vamos ter resistências ao programa, mas queremos votar as emendas", diz o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Carlos Pannunzio (SP).
Na terça-feira, Chinaglia vai reunir os líderes partidários para definir a pauta de votações da semana, que pode incluir a proposta de reajuste salarial dos parlamentares.
Os líderes do governo e da oposição defendem a correção dos subsídios com base na inflação dos últimos quatro anos, o que eleva os salários dos atuais R$ 12.847 para R$ 16.250, mas sem mudanças nos valores das verbas de gabinete e indenizatória.
A Mesa Diretora da Câmara analisa o reajuste dos subsídios e na verba para contratação de assessores (verba de gabinete), hoje em R$ 50,8 mil ao mês. Já a Comissão de Finanças e Tributação aprovou, na semana passada, reajuste de 26,5% nos subsídios e permitiu que os deputados e senadores gastem até mais R$ 5.417 mensais em verbas sem prestar contas.


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