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Base aliada já almeja relatoria e presidência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Derrotada no Supremo, a
base aliada começou ontem
mesmo a preparar seu plano
B, para controlar as investigações da CPI da crise aérea.
Na prática, isso significaria
ocupar os dois cargos mais
importantes da comissão, a
presidência e a relatoria, e
montar uma estratégia pela
qual as investigações ficariam restritas aos atrasos nos
aeroportos e ao acidente
com o vôo da Gol, em setembro do ano passado. "Nossa
prática será, simplesmente, a
de cumprir o regimento",
disse o líder do governo na
Câmara, José Múcio (PTB-PE). "Vamos trabalhar para
que a CPI tenha um objeto e
persiga esse objeto. Mas não
dá para esperar que a CPI seja um festival de elogios."
Enquanto Múcio lamentava, a oposição não continha a
alegria. Na saída do plenário,
Múcio foi abordado pelo líder do DEM (ex-PFL), Onyx
Lorenzoni (RS), com um toque de sarcasmo. "Estou defendendo seu direito, Múcio.
Amanhã estarei no governo e
você na oposição".
No desenho da base governista, a presidência deve caber ao PMDB e a relatoria ao
PT. O governo terá 16 membros titulares e a oposição
outros 7.
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