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Ambientalistas apóiam reforma, mas temem por pressão política
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
ONGs ambientalistas com
atuação na Amazônia aprovaram a reestruturação da área
ambiental do governo federal,
mas são reticentes ao relacionar as mudanças a eventuais
pressões para apressar obras do
PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento).
"O que nos causa preocupação é que todo esse processo de
discussão esteja ocorrendo
exatamente quando o licenciamento ambiental [de usinas no
rio Madeira] está na mídia. Não
nos parece ser um momento
oportuno", afirmou Mauro Armelin, da WWF-Brasil.
Para Adilson Vieira, secretário-executivo do GTA (Grupo
de Trabalho da Amazônia), havia insatisfação da sociedade e
várias críticas à gestão da equipe de Marina. "Mas não acredito que ela tenha sido obrigada
[a reestruturar o ministério]."
Carlos Durigan, coordenador-executivo da FVA (Fundação Vitória Amazônia), vê ligação entre as mudanças e o cenário político em torno do PAC
para destravar o país. "Não sabemos aonde isso nos levará."
Segundo o presidente da Associação dos Fiscais Federais
do Meio Ambiente, Geraldo Figueiredo, a fiscalização do Ibama será "esfacelada". "Com o
PAC, a demanda será maior."
A decisão deverá produzir
abalos no PT. "Não entendi. O
Gilnei é técnica e politicamente
da maior capacidade", disse a
deputada Maria do Rosário
(RS), referindo-se à substituição do secretário de Desenvolvimento Sustentável, Gilnei
Viana. Viana, por sua vez, classificou a decisão de "autoritarismo" de Marina. "É o tipo de
negociação que não está clara",
criticou, dizendo-se "tão qualificado quanto o substituto".
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