São Paulo, quinta-feira, 26 de abril de 2007

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Ambientalistas apóiam reforma, mas temem por pressão política

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

ONGs ambientalistas com atuação na Amazônia aprovaram a reestruturação da área ambiental do governo federal, mas são reticentes ao relacionar as mudanças a eventuais pressões para apressar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"O que nos causa preocupação é que todo esse processo de discussão esteja ocorrendo exatamente quando o licenciamento ambiental [de usinas no rio Madeira] está na mídia. Não nos parece ser um momento oportuno", afirmou Mauro Armelin, da WWF-Brasil.
Para Adilson Vieira, secretário-executivo do GTA (Grupo de Trabalho da Amazônia), havia insatisfação da sociedade e várias críticas à gestão da equipe de Marina. "Mas não acredito que ela tenha sido obrigada [a reestruturar o ministério]."
Carlos Durigan, coordenador-executivo da FVA (Fundação Vitória Amazônia), vê ligação entre as mudanças e o cenário político em torno do PAC para destravar o país. "Não sabemos aonde isso nos levará."
Segundo o presidente da Associação dos Fiscais Federais do Meio Ambiente, Geraldo Figueiredo, a fiscalização do Ibama será "esfacelada". "Com o PAC, a demanda será maior."
A decisão deverá produzir abalos no PT. "Não entendi. O Gilnei é técnica e politicamente da maior capacidade", disse a deputada Maria do Rosário (RS), referindo-se à substituição do secretário de Desenvolvimento Sustentável, Gilnei Viana. Viana, por sua vez, classificou a decisão de "autoritarismo" de Marina. "É o tipo de negociação que não está clara", criticou, dizendo-se "tão qualificado quanto o substituto".


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