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Em 5 Estados, cota de gastos supera a federal
DA REPORTAGEM LOCAL
Deputados estaduais têm
direito a uma cota de gastos
que ultrapassa o valor da verba indenizatória da Câmara,
de R$ 15 mil mensais, em pelo menos cinco Assembleias.
Alagoas é o Estado com o
valor mais alto. Cada um dos
deputados pode gastar até
R$ 39 mil por mês com despesas de custeio -como
combustível, telefone, transportes, divulgação e escritórios políticos. Em Santa Catarina, a verba é de R$ 38 mil.
A seguir, vêm Paraná (R$ 27
mil), Minas (R$ 20 mil) e São
Paulo (R$ 19,8 mil).
De 20 Assembleias que
responderam à Folha, nenhuma divulga notas ou nome dos fornecedores. Só cinco Casas (SP, ES, DF, RS e
BA) publicam nos sites os
gastos mensais. Entre as outras, as direções dizem que a
prestação de contas está em
fase de regulamentação.
Em Minas Gerais, cada um
dos 77 deputados dispõe de
R$ 20 mil mensais, além do
salário de R$ 12.384 e de ajuda de custo de R$ 2.250 para
moradia. É prevista indenização de gasto com manutenção de escritórios políticos, combustível, transporte,
consultorias e eventos.
No Rio de Janeiro, a cota
de gastos com custeio inclui
despesas mensais com 3.000
selos de R$ 0,60 para cada
deputado -o total de gastos
é de menos de R$ 7.000.
No Distrito Federal, a verba da Câmara Legislativa é
usada até para pagar "escritórios de representação". Lá,
assim como em quatro Estados (AM, GO, PE e TO), a
verba foi fixada num valor
equivalente a 75% do da Câmara (R$ 11,2 mil).
A maioria das Assembleias
Legislativas também concede ao deputado cotas para
contratar funcionários comissionados.
Só a Mesa Diretora da Assembleia do Espírito Santo,
com sete deputados, tem à
sua disposição 503 cargos de
confiança, média de 72 vagas
por deputado. Outros 466
comissionados estão nos gabinetes. No total, são 388
servidores efetivos e 974 comissionados.
Há limites máximos e mínimos na maior parte das
Casas para contratação desses funcionários. Os números variam de seis (caso de
Amazonas e Minas) até o teto de 32 (Paraíba) e 35
(Goiás). As verbas para contratações vão de R$ 15 mil
até quase R$ 90 mil.
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