São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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Veículo é ideal para acusações sem "outro lado"

DA REPORTAGEM LOCAL

O rádio, sem a imagem do candidato ou registro por escrito, é o veículo ideal para os ataques mais contundentes aos adversários, segundo marqueteiros consultados pela Folha.
Na TV ou em jornais e revistas, as críticas têm um peso maior, são menos efêmeras e mais diretamente associadas à imagem de quem as faz, o que nem sempre é positivo.
"Uma coisa é ver alguém falando, outra é ouvir. O rádio admite um tom mais irônico, uma postura mais crítica", diz Nelson Biondi, um dos marqueteiros da campanha de José Serra, presidenciável do PSDB.
Para Augusto Fonseca, que coordenou o marketing da campanha de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, o rádio tem ainda mais importância nas cidades pequenas.
"Há cidades em que não há emissoras de TV, e o rádio acaba sendo o único veículo para os políticos. E ele dá a oportunidade de uma conversa mais íntima com o eleitor. O candidato se dirige individualmente ao ouvinte", diz Fonseca.
Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, outro fator favorável aos programas populares do rádio é que cerca de dois terços de sua audiência estão nas classes C, D e E, que contêm aproximadamente 89% do eleitorado brasileiro. "Os programas falam para quem decide a eleição", diz Paulino. (LM E CC)

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