São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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Lula promete "choque ético", dizem aliados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Aliados do governo que conversaram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por telefone disseram que ele, quando voltar no domingo da viagem à Coréia do Sul e ao Japão, promete adotar medidas para inibir a corrupção, endurecendo regras para compras governamentais. E retomará a idéia de realizar ampla reforma ministerial para dar espaço aos aliados que se mostrarem fiéis no combate à CPI dos Correios.
"Choque ético" teria sido a expressão de Lula. O presidente demitiria ministros, como Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Romero Jucá (Previdência) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o que é considerado improvável por outros aliados depois da defesa enfática que o presidente fez dos dois. Ministros petistas também deixariam suas pastas para dar lugar a aliados.
Aldo perdeu as condições de ser um coordenador político eficiente. O ministro José Dirceu (Casa Civil) assumiu na prática a articulação política. Aldo foi um coadjuvante nas operações recentes de combate à CPI dos Correios.
Jucá e Meirelles estão envolvidos em casos de corrupção e são alvo de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. Lula, porém, já os defendeu publicamente. A demissão de petistas foi estudada por Lula durante os cinco meses (novembro a março) no qual discutiu ampla reforma ministerial, que acabou engavetada.


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