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Lula promete "choque ético", dizem aliados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Aliados do governo que conversaram com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva por telefone
disseram que ele, quando voltar
no domingo da viagem à Coréia
do Sul e ao Japão, promete adotar
medidas para inibir a corrupção,
endurecendo regras para compras governamentais. E retomará
a idéia de realizar ampla reforma
ministerial para dar espaço aos
aliados que se mostrarem fiéis no
combate à CPI dos Correios.
"Choque ético" teria sido a expressão de Lula. O presidente demitiria ministros, como Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Romero Jucá (Previdência) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o que é considerado improvável por outros aliados
depois da defesa enfática que o
presidente fez dos dois. Ministros
petistas também deixariam suas
pastas para dar lugar a aliados.
Aldo perdeu as condições de ser
um coordenador político eficiente. O ministro José Dirceu (Casa
Civil) assumiu na prática a articulação política. Aldo foi um coadjuvante nas operações recentes de
combate à CPI dos Correios.
Jucá e Meirelles estão envolvidos em casos de corrupção e são
alvo de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. Lula, porém, já os defendeu publicamente. A demissão de petistas foi
estudada por Lula durante os cinco meses (novembro a março) no
qual discutiu ampla reforma ministerial, que acabou engavetada.
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