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Itamar defende CPI e diz ser "erro fatal" manter Jucá e Meirelles no governo
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Com data marcada para deixar
a embaixada do Brasil na Itália (1º
de setembro), Itamar Franco
(PMDB-MG) fez ontem duras críticas à gestão Lula, dizendo que o
governo comete "erro fatal" ao
não afastar o presidente do Banco
Central e o ministro da Previdência, definidos pelo embaixador
como "quistos" (cistos) no governo do PT. Ele condenou ainda as
ações para barrar CPIs.
"Não convém ao PT, não convém ao presidente a permanência
desses homens. São quistos no
governo. Quisto no governo faz
mal à opinião pública", afirmou
Itamar sobre Romero Jucá (Previdência) e Henrique Meirelles
(BC), que estão sendo investigados por determinação do Supremo Tribunal Federal.
Itamar disse que o governo
também comete um "erro grosseiro" ao tentar barrar a CPI dos
Correios. "Sou favorável [às
CPIs]. Acho que é um erro grosseiro do governo, e aí falo com a
minha autoridade de quem já foi
presidente [1992 a 1994] e senador", disse ele, reafirmando que
continua apoiando o governo.
Ao falar da situação de Meirelles
e Jucá, Itamar disse que os dois
deveriam tomar a iniciativa de se
afastar do governo para não prejudicar o presidente.
"Esses dois homens deveriam
ter a coragem, coragem não, a liberalidade de não prejudicar o
presidente. E antes que o presidente os tirasse, [deveriam] entregar os cargos. Eles tinham obrigação moral de sair do cargo."
Ele também apontou erros na
coordenação política com o Congresso. Itamar fala em "perplexidade" dos amigos com os quais
tem conversado sobre a "desorganização" política no Congresso.
"Nenhum presidente pode se descuidar do Congresso. O presidente precisa ter cuidado. Não se deve
brincar com essa situação".
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