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Procuradoria inicia devassa em estatal
RUBENS VALENTE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A lista completa de documentos
e informações que os Correios entregaram para o Ministério Público Federal do Distrito Federal indica que os procuradores da República iniciaram uma devassa na
empresa.
Os procuradores Bruno Acioli e
Adriana Brockes encaminharam
os pedidos nos dias 17 e 23 últimos e, segundo os Correios, já receberam as respostas.
Os pedidos confirmam que as
investigações estão centradas na
Dirad (Diretoria de Administração), foco do escândalo provocado pela divulgação do vídeo em
que o ex-chefe de departamento
da Dirad Maurício Marinho foi
flagrado recebendo propina. Porém também se estendem às outras cinco diretorias dos Correios.
Os procuradores pediram nomes completos, endereços e telefones de todos os diretores de área
e dos assessores-executivos das
diretorias.
Foram entregues informações
sobre todas as licitações realizadas entre 2004 e 2005 nos Correios sob responsabilidade direta
ou indireta da Dirad -os Correios não souberam informar
com exatidão o número, mas seriam "algumas dezenas".
Os procuradores também receberam nomes completos, endereços e telefones do pregoeiro efetivo e seus suplentes, dos chefes de
vários departamentos na estrutura da Dirad, das secretárias da Dirad, dos membros efetivos e suplentes da CPL (Comissão Permanente de Licitação) na central e
em todas as regionais, dos membros das comissões especiais de licitação e dos integrantes dos comitês de avaliação das contratações estratégicas.
As informações mais detalhadas são relativas aos três servidores diretamente relacionados ao
escândalo -além de Marinho, o
ex-diretor de Administração Antônio Osório Batista e o ex-assessor-executivo Fernando Godoy.
Os Correios enviaram aos procuradores, a pedido, nomes e
qualificações das secretárias e
motoristas e todas as agendas de
compromisso e controles das ligações telefônicas dos três servidores entre 2004 e 2005.
Os pedidos do Ministério Público são mais amplos do que os encaminhados até agora pela Polícia
Federal -as duas instituições
atuam juntas no caso.
A PF pediu os registros impressos e em meio magnético de todas
as entradas e saídas de visitantes
no edifício-sede dos Correios, em
Brasília, de janeiro a 20 de maio de
2005 e os registros de todas as encomendas e correspondências registradas no protocolo da sede da
empresa de abril a maio de 2005.
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