São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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APUROS NO NINHO

As 7 faces de uma crise

1 Alckmin refém de Tasso O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, se tornou o avalista do ex-governador Geraldo Alckmin na reta final da luta com José Serra pela indicação do PSDB. Desamparado pelos demais caciques, o candidato tem uma dívida de gratidão com Tasso, que manda mais do que o grupo paulista gostaria e entrou em atrito com os pefelistas.

2 Estratégia de campanha Há uma disputa interna para definir as prioridades e o estilo da campanha. Em São Paulo, o jornalista Luiz González prefere enfatizar uma candidatura propositiva. Em Brasília, Antonio Lavareda e Tasso não abrem mão da "grande agenda negativa" contra o presidente Lula.

3 Resistências no PFL Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara dos Deputados, segue o pai César Maia, prefeito do Rio, ao criticar a condução da campanha de Alckmin. Disse que o candidato está cercado de "gente de cabeça oca". Na escolha do vice, também há atrito. Alckmin não escondia sua preferência pelo senador José Agripino (RN). O PFL optou pelo também senador José Jorge (PE).

4 Dificuldades nos Estados Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro concentram os maiores problemas da aliança. Nesses Estados, PFL e PSDB são adversários ferozes e relutam em se aliar em nome de um projeto nacional.

5 Críticas de Cláudio Lembo O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, criticou reiteradas vezes a omissão tucana durante a crise da segurança pública no Estado. Disse que Alckmin lhe ligou pouco e que Serra teria problemas de "amnésia".

6 Indefinição do discurso O candidato tucano demorou a falar sobre Bolívia, segurança pública e ainda não comentou a crise cambial. Oscila entre críticas a Lula e o "choque de gestão". Enquanto o presidente sobe nas pesquisas, Alckmin repete que a campanha eleitoral só começa mesmo na TV.

7 "Solidariedade tucana" São Paulo experimentava o caos com os atentados do PCC enquanto Tasso, FHC e Aécio Neves jantavam em Nova York. O ex-presidente, inclusive, não esconde suas ressalvas à campanha de Alckmin. Aécio é acusado por tucanos de falta de empenho e de simpatia por Lula.


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