São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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Policial diz não se lembrar de guerrilheiro

DA REPORTAGEM LOCAL

O policial aposentado Gilberto da Cruz, 78, um dos responsáveis pela identificação do corpo do guerrilheiro Virgílio Gomes da Silva, da ALN (Ação Libertadora Nacional), foi localizado ontem pela Folha, mas disse não se lembrar do episódio. "Identifiquei muitas pessoas de identidade desconhecida, mas dessa pessoa, especificamente, não me lembro."
Gomes da Silva, codinome Jonas, comandou, no Rio, o seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Foi morto na sede da Oban (Operação Bandeirantes), após ser preso em SP.
Anteontem, a família do guerrilheiro exibiu documentos que provam que ele foi morto pelo regime militar. Além do laudo da autópsia, há o de impressões de digitais e fotos do corpo. A assinatura de Cruz aparece no laudo de impressões digitais da Divisão de Identificação Civil e Criminal da Polícia Civil paulista.
À época, Cruz era chefe do Arquivo Datiloscópico. Além dele, assina o diretor da Divisão de Identificação Civil e Criminal, delegado Emílio Mattar, não localizado pela Folha.
O policial disse que não se lembra nem sequer do caso do seqüestro do embaixador americano. (MURILO FIUZA DE MELO)


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