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Policial diz não
se lembrar de
guerrilheiro
DA REPORTAGEM LOCAL
O policial aposentado Gilberto da Cruz, 78, um dos responsáveis pela identificação do
corpo do guerrilheiro Virgílio
Gomes da Silva, da ALN (Ação
Libertadora Nacional), foi localizado ontem pela Folha, mas
disse não se lembrar do episódio. "Identifiquei muitas pessoas de identidade desconhecida, mas dessa pessoa, especificamente, não me lembro."
Gomes da Silva, codinome
Jonas, comandou, no Rio, o seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em
1969. Foi morto na sede da
Oban (Operação Bandeirantes), após ser preso em SP.
Anteontem, a família do
guerrilheiro exibiu documentos que provam que ele foi
morto pelo regime militar.
Além do laudo da autópsia, há
o de impressões de digitais e fotos do corpo. A assinatura de
Cruz aparece no laudo de impressões digitais da Divisão de
Identificação Civil e Criminal
da Polícia Civil paulista.
À época, Cruz era chefe do
Arquivo Datiloscópico. Além
dele, assina o diretor da Divisão
de Identificação Civil e Criminal, delegado Emílio Mattar,
não localizado pela Folha.
O policial disse que não se
lembra nem sequer do caso do
seqüestro do embaixador americano.
(MURILO FIUZA DE MELO)
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