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Agaciel pede afastamento do Senado por 90 dias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-diretor-geral do Senado
Agaciel da Silva Maia pediu ontem afastamento da Casa por
90 dias. Lotado atualmente no
ILB (Instituto Legislativo Brasileiro), ele receberá salários
durante o período porque solicitou uma licença-prêmio por
assiduidade -direito amparado em lei.
Em carta enviada ao primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), ele afirma
ser vítima de "ilações maldosas". Alega que precisa de tempo para preparar sua defesa.
Agaciel é o principal suspeito
de produzir atos secretos no
Senado. Em março, ele deixou a
Direção Geral após ser revelado
que ele escondeu da Justiça
uma casa avaliada em cerca de
R$ 5 milhões.
Agaciel também solicitou por
escrito "uma auditoria com perícia nas assinaturas constantes em todos os atos que têm sido objetivo de divulgação na
imprensa nacional".
Na sexta-feira passada, o chefe do serviço de publicações do
Senado, Franklin Paes Landim,
afirmou que Agaciel e o ex-diretor de Recursos Humanos
João Carlos Zoghbi davam ordens para "guardar" atos de
criação de cargos e outras medidas administrativas.
No mesmo dia, o presidente
do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), determinou instalação de uma sindicância para apurar as denúncias. Na terça-feira, foi apresentado um relatório sobre a produção de 663
atos secretos na Casa, entre
1995 e 2009.
Ontem o senador Demóstenes Torres (DEM-TO) pediu a
abertura de um processo administrativo contra Agaciel que
poderá resultar em advertência, suspensão ou demissão
com perda de aposentadoria. A
Advocacia Geral do Senado vai
esperar o resultado da comissão de sindicância.
Na carta, Agaciel diz que sofre "uma avalanche de acusações absurdas e descabidas"
sem direito de defesa. Diz ainda
nunca ter cometido qualquer
ilegalidade e de ter praticado
apenas o bem.
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