São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Paciente deve aguardar 5 anos para cura total

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo com os bons resultados da quimioterapia, não é possível falar que a ministra Dilma está curada. É preciso esperar cinco anos para se ter certeza de que não haverá recidiva da doença, afirmam médicos oncologistas ouvidos pela Folha.
"Por definição, cura é só quando o paciente tem ausência de atividade da doença por mais de cinco anos a partir do momento que o câncer foi diagnosticado", afirma o hemato-oncologista Garles Vieira, do Hospital A.C. Camargo, de São Paulo.
"O que normalmente acontece é que, com o passar dos anos, as chances de recidiva vão diminuindo. Após cinco anos, dificilmente o tumor volta", diz o hematologista Nelson Hamerschlak, do Hospital Albert Einstein.
No caso de Dilma, que teve a doença diagnosticada precocemente e recebeu um tratamento de primeira linha, os médicos usam o termo "taxa de remissão completa". "Após as sessões de quimioterapia, a taxa de remissão completa [de a doença ter desaparecido neste momento] é de aproximadamente 90%", avalia Vieira.
Mas há ao menos 10% de possibilidades de o câncer retornar nos próximos cinco anos. "Ao final de cinco anos, você vai ter uma sobrevida livre de doença de 80%, ou seja, 10% desses pacientes recaem", diz o médico.
Após as sessões de radioterapia, Dilma continuará com um rigoroso monitoramento médico, com exames clínicos, laboratoriais e de imagem (tomografia computadorizada) para checar se a doença está sob controle.
Em hospitais como o Einstein e o Sírio Libanês, no primeiro ano, esse controle é trimestral -em outras instituições, costuma ser a cada seis meses. A partir do segundo ano, os exames passam a ser semestrais.
O exame-chave é o PET-Scan, uma tomografia computadorizada que percorre todo o corpo à procura de possíveis focos do câncer.


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