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Paciente deve aguardar 5 anos para cura total
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com os bons resultados da quimioterapia, não
é possível falar que a ministra Dilma está curada. É preciso esperar cinco anos para
se ter certeza de que não haverá recidiva da doença, afirmam médicos oncologistas
ouvidos pela Folha.
"Por definição, cura é só
quando o paciente tem ausência de atividade da doença por mais de cinco anos a
partir do momento que o
câncer foi diagnosticado",
afirma o hemato-oncologista
Garles Vieira, do Hospital
A.C. Camargo, de São Paulo.
"O que normalmente
acontece é que, com o passar
dos anos, as chances de recidiva vão diminuindo. Após
cinco anos, dificilmente o tumor volta", diz o hematologista Nelson Hamerschlak,
do Hospital Albert Einstein.
No caso de Dilma, que teve
a doença diagnosticada precocemente e recebeu um
tratamento de primeira linha, os médicos usam o termo "taxa de remissão completa". "Após as sessões de
quimioterapia, a taxa de remissão completa [de a doença ter desaparecido neste
momento] é de aproximadamente 90%", avalia Vieira.
Mas há ao menos 10% de
possibilidades de o câncer
retornar nos próximos cinco
anos. "Ao final de cinco anos,
você vai ter uma sobrevida
livre de doença de 80%, ou
seja, 10% desses pacientes
recaem", diz o médico.
Após as sessões de radioterapia, Dilma continuará com
um rigoroso monitoramento
médico, com exames clínicos, laboratoriais e de imagem (tomografia computadorizada) para checar se a
doença está sob controle.
Em hospitais como o Einstein e o Sírio Libanês, no primeiro ano, esse controle é
trimestral -em outras instituições, costuma ser a cada
seis meses. A partir do segundo ano, os exames passam a ser semestrais.
O exame-chave é o PET-Scan, uma tomografia computadorizada que percorre
todo o corpo à procura de
possíveis focos do câncer.
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