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BASE ALIADA
Para senador, primeiro escalão terá "mudanças pontuais"
ACM diz esperar substituições, mas não reforma ministerial
da Agência Folha, em Salvador
O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL), disse ontem em Salvador "que seus
olhos não estão vendo uma reforma ministerial". Um dia depois de
chegar de Paris, ACM afirmou que
acredita em "mudanças pontuais"
no primeiro escalão do governo
Fernando Henrique Cardoso.
"Podem ser dois ou três nomes
(mudanças no ministério), mas
meus olhos não vêem uma reforma profunda", acrescentou o presidente do Congresso.
Anteontem, o ministro Paulo Renato Souza (Educação) defendeu
mudanças imediatas no ministério
para que FHC possa ajustar o governo à situação política do Brasil.
Ontem pela manhã, em entrevista à TV, ACM voltou a criticar os
empresários brasileiros. "O fato é
que os salários são baixos e o desemprego é grande, mas os empresários não podem falar. O presidente já disse muito bem: eles são
beneficiários de uma situação."
Segundo o senador, o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financia principalmente os empresários
que têm negócios no Sudeste.
"Isso tem que acabar, mas ainda
não acabou e, mesmo assim, eles
(os empresários) estão insatisfeitos. Ora, se os empresários estão
insatisfeitos, imagine o povo, as
pessoas que ganham um salário
mínimo, dois salários, três salários
ou quatro salários."
Para ACM, os empresários devem ser compreensivos. "Eles não
devem demitir funcionários e devem ter consciência dos seus deveres para com a sociedade."
O senador afirmou também que
concorda com a opinião do governador de São Paulo, Mário Covas,
que na semana passada disse considerar prematuro o lançamento
de nomes para a sucessão de FHC.
"É isso mesmo, Covas está certo.
Só que eu sou candidato ao Senado
pela Bahia. Agora, isso não significa uma coisa definitiva", disse ele,
que já teve seu nome lançado à
Presidência por políticos do PFL.
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