São Paulo, Sábado, 26 de Junho de 1999
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BASE ALIADA
Para senador, primeiro escalão terá "mudanças pontuais"
ACM diz esperar substituições, mas não reforma ministerial

da Agência Folha, em Salvador

O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL), disse ontem em Salvador "que seus olhos não estão vendo uma reforma ministerial". Um dia depois de chegar de Paris, ACM afirmou que acredita em "mudanças pontuais" no primeiro escalão do governo Fernando Henrique Cardoso.
"Podem ser dois ou três nomes (mudanças no ministério), mas meus olhos não vêem uma reforma profunda", acrescentou o presidente do Congresso.
Anteontem, o ministro Paulo Renato Souza (Educação) defendeu mudanças imediatas no ministério para que FHC possa ajustar o governo à situação política do Brasil.
Ontem pela manhã, em entrevista à TV, ACM voltou a criticar os empresários brasileiros. "O fato é que os salários são baixos e o desemprego é grande, mas os empresários não podem falar. O presidente já disse muito bem: eles são beneficiários de uma situação."
Segundo o senador, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financia principalmente os empresários que têm negócios no Sudeste.
"Isso tem que acabar, mas ainda não acabou e, mesmo assim, eles (os empresários) estão insatisfeitos. Ora, se os empresários estão insatisfeitos, imagine o povo, as pessoas que ganham um salário mínimo, dois salários, três salários ou quatro salários."
Para ACM, os empresários devem ser compreensivos. "Eles não devem demitir funcionários e devem ter consciência dos seus deveres para com a sociedade."
O senador afirmou também que concorda com a opinião do governador de São Paulo, Mário Covas, que na semana passada disse considerar prematuro o lançamento de nomes para a sucessão de FHC.
"É isso mesmo, Covas está certo. Só que eu sou candidato ao Senado pela Bahia. Agora, isso não significa uma coisa definitiva", disse ele, que já teve seu nome lançado à Presidência por políticos do PFL.


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