São Paulo, segunda-feira, 26 de julho de 2004 |
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PAINEL Um pouco melhor Daniel Dantas, sócio da empresa contratante da espionagem que atingiu o governo Lula, nunca foi bem visto no chamado "núcleo duro" petista. Exceção feita a José Dirceu, um pouco mais receptivo em suas conversas com o empresário. Um pouco pior Deterioradas há muito, as relações entre Luiz Gushiken e Duda Mendonça não melhoraram com a revelação da espionagem patrocinada pela Brasil Telecom, cliente de uma das agências do marqueteiro de Lula. Toda prosa Vai bem a auto-estima da PF. Bravata ou não, comenta-se no Máscara Negra, edifício-sede da corporação em Brasília, que a empresa norte-americana Kroll nem de longe imaginava os federais nativos capazes de interceptar suas operações no país. Última ficha No Rio de Janeiro, o chamado campo majoritário do PT joga sua sorte nas escassas chances da candidatura a prefeito de Jorge Bittar. Se o deputado perder, como projetam as pesquisas, a esquerda poderá tomar de vez o controle da sigla na cidade. Segundo time Na impossibilidade de contar com garotos-propaganda como Antonio Palocci e José Dirceu, os candidatos a prefeito da esquerda petista elegeram Olívio Dutra o ministro favorito de suas campanhas. Marina Silva é outra que tem feito sucesso nos palanques "alternativos". Sibéria nordestina 1 Candidata a prefeita de Fortaleza contra a vontade do PT nacional, Luizianne Lins decidiu procurar José Genoino, presidente do partido, em busca de ajuda financeira à sua campanha. É improvável que consiga. Sibéria nordestina 2 Situação semelhante à de Luizianne vive Paulo Rubem, que votou contra o salário mínimo de R$ 260 na Câmara, em Jaboatão dos Guararapes (PE). Roupa nova O PTB encomendou nova pesquisa para avaliar sua imagem entre os formadores de opinião. Como no levantamento anterior, é quase obsessiva a preocupação com a marca de fisiologismo tatuada na pele do partido. Acelerador 1 Na corrida para inaugurar obras, Marta Suplicy mudou o ritmo de execução financeira de sua administração. Os gastos da petista com investimentos no primeiro semestre eleitoral (R$ 776,5 mi) representaram 38,5% do Orçamento, contra 29,3% no mesmo período em 2003. Acelerador 2 Mesmo no ano eleitoral de 2002, quando Lula disputava a Presidência, Marta gastou apenas 22% nos primeiros seis meses. Naquela época, João Sayad ainda tomava conta do cofre da prefeitura. De lá para cá, o percentual destinado a investimentos saltou de 10,5% para 16%. Sorriso pendurado Foi difícil, mas Geraldo Alckmin e José Serra conseguiram sobreviver à maratona de fotos com cerca de 300 candidatos tucanos do interior paulista, ontem, na sede estadual do PSDB. Vale-tudo Na busca incessante de novos temas para atacar seus principais adversários, Paulo Maluf (PP) resolveu culpar Marta Suplicy pela ausência de banheiro no varejão que visitou ontem. Quero o meu É dura a vida de Luiza Erundina (PSB). Não bastasse a mão fechada do parceiro de chapa PMDB, há os credores remanescentes da campanha passada. Animados com o anúncio de que a ex-prefeita pretende gastar até R$ 15 mi nesta eleição, eles planejam bater à porta. TIROTEIO De Paulinho, presidente da Força Sindical e candidato a prefeito de São Paulo pelo PDT, sobre sua disposição de fazer uma campanha "propositiva", sem atacar o tucano José Serra nem a petista Marta Suplicy: -Não quero me meter em briga de cachorro grande. Não sou eu quem está disputando a Presidência da República. CONTRAPONTO Questão de princípio
Vice-líder da prefeita Marta
Suplicy na Câmara, José Viviani
Ferraz (PL) é alvo de críticas da
oposição e até de petistas mais à
esquerda por ter ocupado o
mesmo posto nas administrações de Celso Pitta (1997-2000) e
de Paulo Maluf (1993-1996). |
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