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Eletronorte é terceira estatal a romper o contrato com empresas de Valério
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Envolvido em denúncias de
corrupção envolvendo suas empresas e o governo federal, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza perdeu mais uma
fonte de renda -um contrato de
R$ 12,4 milhões (valor anual) que
a DNA tinha com a Eletronorte.
A decisão de romper unilateralmente o contrato foi tomada pela
diretoria da Eletronorte há uma
semana, mas somente amanhã
será comunicada oficialmente à
DNA, empresa que tem Valério
como um dos sócios.
Desde 2001, a DNA era a única
agência que atendia as contas publicitárias da Eletronorte. De
acordo com a diretoria da empresa, existe uma cláusula no contrato que justifica o rompimento.
A assessoria de imprensa da
Eletronorte informou que o texto
diz que, se a contratada (DNA)
acarretar danos à imagem da contratante (Eletronorte), o acordo
poderá ser rompido.
Ontem, no final da tarde, a assessoria de imprensa da DNA informou que a empresa somente
vai se pronunciar sobre a decisão
da Eletronorte quando receber a
notificação do fim do contrato.
A Eletronorte entende que as
denúncias de corrupção envolvendo Valério e integrantes do
governo causaram danos à empresa. Neste ano, a agência de publicidade mineira deveria receber
R$ 12.476 milhões -do total, a
Eletronorte estima ter pago entre
R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões.
Há dez dias, o publicitário Marcos Valério também tinha perdido a conta que mantinha com o
Banco do Brasil e com os Correios
(trabalho realizado pela SMPB,
outra agência mineira que tem
Valério como sócio).
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