|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CGU enviará à CPI lista com 14 novos nomes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Controladoria Geral da
União vai encaminhar à CPI
dos Sanguessugas relação
com 14 novos nomes de
atuais e ex-congressistas autores de emendas que beneficiaram empresas da máfia
das ambulâncias, em licitações com "fortíssimos indícios de fraude".
Foram apresentadas por
esses parlamentares 53
emendas, para a compra de
88 ambulâncias, ao valor total de R$ 7,226 milhões.
A CGU salientou que não
significa necessariamente
que eles estejam envolvidos.
Além do grupo Planam
(principal empresa da máfia
das ambulâncias) há também a Lealmaq, de Minas. A
CPI havia encontrado indícios de irregularidades na
compra de 47 ambulâncias
da Lealmaq em convênios diretamente fechados com o
Ministério da Saúde.
Nas licitações levantadas
pela CGU, entre 2001 e 2003,
há três deputados do PFL envolvidos: Arolde de Oliveira
(RJ), Aroldo Cedraz (RJ) e
Paulo Magalhães (BA), além
do ex-parlamentar José Carlos Coutinho (RJ). Foram 11
emendas do partido.
Do PSDB, com sete emendas, são três ex-deputados:
Lídia Quinan (GO), Vicente
Caropreso (SC) e Wilson
Santos, que renunciou o
mandato ao ter sido eleito
prefeito de Cuiabá (MT). O
único tucano em exercício é
o baiano João Almeida.
Da base aliada, foram identificados os deputados Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG) e Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ). Os ex-deputados são Eurípedes Miranda (PDT-RO), Dino Fernandes (PP-RJ) e José Aleksandro (PSL-AC).
À Folha, os deputados disseram que, apesar de eles terem apresentado as emendas, o processo licitatório cabia às prefeituras.
Márcio Reinaldo Moreira
perguntou: "Tem alguma
gravação de conversa minha
com o pessoal da Realmaq?".
O prefeito de Cuiabá disse
que em nenhum momento
os integrantes da quadrilha o
acusaram de nada. "Não tenho precedentes [de irregularidades] ao longo da minha
vida pública."
(LEONARDO SOUZA e ADRIANO CEOLIN)
Texto Anterior: Ex-ministro recebeu alerta sobre fraude, mas reação foi lenta Próximo Texto: Serra diz desconhecer Vedoin e nega envolvimento com esquema na Saúde Índice
|