São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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PAINEL

Algo em comum
Com hérnia de disco na região lombar, ACM espera resultado de exame feito em São Paulo. Conforme a gravidade, pode: manter os exercícios de alongamento, infiltrar medicamento na coluna ou sofrer cirurgia. FHC tem lesão parecida.

Dá lições, mas precisa...
FHC tocou na ferida ao dizer que ACM sabe que é difícil combater a pobreza, senão teria acabado com ela na Bahia. O grupo de ACM detém o governo estadual há quase uma década, mas os indicadores sociais do Estado seguem precários.

...cuidar da infância
Segundo a Unicef, a mortalidade infantil na Bahia é de 52,5 para cada mil nascidos vivos. A média nacional é de 37,5. A do Nordeste, 60,4. O percentual de crianças pobres no Estado de ACM é de 50,5%, quase o dobro da média nacional, de 27,2%.

Muita renúncia por nada
Espera-se que as promessas da Ford baiana não tenham o mesmo destino das feitas a Resende (RJ). A cidade, que chegou a ter 6,7 mil empregos formais na indústria em 1989, fechou 1997, já após a instalação da Volks, com 4,8 mil vagas.

Virando moda
Enquanto o governo federal insiste que a crise é de "empregabilidade", já chegam a 40 no Estado de São Paulo as prefeituras que implantaram frentes de trabalho -fora os governos estaduais paulista, de Rondônia e do Distrito Federal.

Baixando a bola
Os governadores não marcaram data para a próxima conferência. A idéia é só se reunir quando houver contencioso grave com a União. Argumento: aumenta o poder de pressão. Aliviado, o Planalto agradece.

Trincheira federal
A conferência dos governadores terá escritório permanente em Brasília, cedido por Joaquim Roriz (DF). Acompanhará a reforma tributária.

Reta final
O inferno astral do general Alberto Cardoso (Casa Militar) ainda não acabou. A PF vai mesmo indiciar agentes de inteligência por envolvimento no grampo do BNDES. Pode sobrar para um araponga graúdo.

Interferência direta
As relações nada boas entre Executivo e Judiciário devem piorar. FHC mandará projeto para o Congresso exigindo que os juízes consultem a Fazenda ou as secretarias estaduais antes de conceder liminares contra a cobrança de impostos.

Agarrando a bomba
Deputado estadual mais votado e ex-goleiro do Atlético, João Leite pode ser o candidato tucano a prefeito de Belo Horizonte em 2000. O líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves, e o ex-governador Eduardo Azeredo são lembrados, mas estão de olho no pleito estadual de 2002.

Carimbo
Recém-filiado ao PMDB, Ricardo Izar teme que naufrague seu sonho de disputar a Prefeitura de São Paulo por causa de um homônimo: José Izar, vereador pefelista que deve ter o mandato cassado.

Oportunidade de ouro
O PC do B está adorando a divisão da esquerda em São Paulo, entre Marta Suplicy (PT) e Luiza Erundina (PSB). Pensa até em também lançar um candidato para aumentar seu cacife na hora de negociar apoio.

Covas descrente
No Palácio dos Bandeirantes, a avaliação é que a reforma ministerial feita por FHC pode até dar algum fôlego para o governo. Mas o novo desenho da Esplanada não deve durar muito. No máximo, até as eleições municipais do ano que vem.

Novo aliado
A oposição tentará o apoio de ACM para manter na área social empréstimo do BID de US$ 2,2 bi que a equipe econômica pretende usar para pagar juros. Há quatro meses no Senado, ainda não foi votado.

TIROTEIO
Do deputado federal João Hermann (SP), do PPS de Ciro, sobre a polêmica em torno da ida da Ford para a Bahia:
- A montadora acabou com duas candidaturas presidenciais. ACM não consegue mais entrar em São Paulo, e Covas não terá votos além do Espírito Santo.

CONTRAPONTO
Defesa em tempo parcial


Ciro Gomes, que está fazendo uma volta pelo país já de olho na sucessão presidencial de 2002, esteve nos últimos dias na região Norte do Brasil. Junto com ele viajaram os deputados federais João Hermann (PPS) e Régis Cavalcanti (AL).
Na sexta-feira, o grupo se dividiu. Ciro foi para Cruzeiro do Sul, na divisa do Acre com o Amazonas. Hermann e Cavalcanti seguiram para Brasiléia, também no Acre, mas na fronteira com a Bolívia.
Os dois deputados visitaram o posto da Polícia Federal na região e resolveram conhecer o quartel de fronteira do Exército.
Ao chegar lá, por volta das 9h30, encontraram o quartel fechado.
Os parlamentares voltaram até o posto policial e telefonaram para o capitão responsável pelo posto do Exército.
O militar explicou que o quartel só abre às 14h.
Hermann não segurou a piada:
- E vocês avisaram o inimigo?


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