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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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Presidente pede mudanças nas Nações Unidas

DA ENVIADA ESPECIAL AO PERU

Em seu discurso no Congresso peruano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu mudanças nos organismos multilaterais, citando especificamente a ONU (Organização das Nações Unidas). Ele agradeceu também o apoio do Peru para que o Brasil consiga uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Segundo Lula, a confiança nas instituições multilaterais encontra-se bastante abalada e são necessárias mudanças para devolver-lhes a credibilidade e a legitimidade: "Mais do que nunca, as Nações Unidas devem retomar sua posição que a comunidade internacional lhes delegou e zelar com eficiência e determinação pela paz e segurança internacionais".
Ele foi aplaudido pelos parlamentares peruanos ao defender o respeito à soberania de cada país. O presidente brasileiro afirmou também que os países subdesenvolvidos não podem ficar vendendo sua miséria às nações ricas. "Não queremos o olhar piedoso dos países ricos", declarou Lula, mas sim igualdade de tratamento.

"Boca grande"
Anteontem, durante encontro com governadores brasileiros e peruanos, Lula disse que para governar é necessário construir uma aliança "sem problemas ideológicos, mas uma aliança com propósitos": "Uma coisa maior que os partidos, que é uma aliança política em defesa do nosso país".
"Costumo dizer no Brasil que os políticos têm a boca muito grande e os ouvidos muito pequenos. Falamos muito e ouvimos pouco. É necessário haver uma inversão, que os ouvidos sejam maiores que as bocas para que possamos ouvir mais." Essa seria, segundo Lula, a "nova dinâmica de dialogar" implementada pelo seu governo e que teria a aprovação da reforma da Previdência. "Tentaram alguns anos, mas não conseguiram", disse o presidente, que não comentou que seu partido fazia oposição à reforma no governo anterior.
"É como dizem alguns democratas no mundo. A democracia é muito difícil de ser exercida, mas é o melhor regime para governar um país, um Estado uma cidade", declarou.


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