Presidente diz que governadora do Rio não aceitou ajuda por causa de Garotinho

"Estou torcendo para este homem aqui ganhar as eleições", afirma Lula sobre Marcelo Crivella, a quem chama de "companheiro"

SÉRGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Em comício realizado ontem em Bangu, na zona oeste do Rio, Lula disse que tem condições de mandar dez mil homens do Exército e da Força Nacional rapidamente a qualquer lugar do país. "Qualquer governador, de qualquer partido, que pedir a ajuda para ter o Exército e a Força Nacional será atendido em três dias."
O petista disse que tinha chegado de São Paulo, onde havia reiterado a oferta. Ante dez mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e ao lado do candidato do PRB ao governo, Marcelo Crivella, e do presidente do PT, Ricardo Berzoini, Lula criticou o governo de Rosinha Matheus e de Anthony Garotinho. Disse que a governadora rejeitou oferta de 2.000 soldados porque o marido tinha pretensão de ser presidente. O casal apóia o rival de Crivella ao governo do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
Segundo Lula, no Rio o Bolsa-Família beneficia 423 mil pessoas e poderia chegar a 1 milhão, não fosse a falta de apoio do governo estadual. Crivella puxou coro de "pirracenta" contra Rosinha. Lula riu.
"Estou torcendo para este homem ganhar as eleições", disse sobre Crivella, a quem chamou de "meu companheiro" e abraçou. O candidato do PT ao governo, Vladimir Palmeira, estava no segundo comício. Em Nova Iguaçu, Lula contou que queria ser economista. "Não pensem vocês que não quis ter diploma universitário. Até sonhava em ser economista, mas não tive oportunidade. Meus filhos puderam ter diploma e quero que o filho do pobre tenha o que não tive."


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