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Os nomes do grampo na sede do BNDES
da Sucursal do Rio
Temílson Antônio Barreto
Resende - Acusado por Célio de
ter participado do grampo e de
tê-lo convidado para a operação.
Teria feito o trabalho de edição
das fitas. Ele nega a acusação.
Segundo-tenente da reserva do
Exército, trabalhou no extinto
SNI (Serviço Nacional de Informação) e na Polícia Federal. Analista de informações da Subsecretaria de Inteligência Militar (SSI)
no Rio, é conhecido como Telmo.
A Justiça decretou sua prisão.
Adílson Alcântara de Matos -
Acusado por Waldeci Alves de
Oliveira e Célio Arêas da Rocha
de ter participado do grampo no
BNDES. Está indiciado e escondido. Disse à Folha que decidiu
"sumir" para preservar a família.
Ex-agente do Cenimar (Centro
de Informações da Marinha). Dono de um escritório de investigação que trabalha com contra-espionagem industrial. Confirma
que é amigo de Telmo, mas nega
conhecer Célio.
Célio Arêas da Rocha - Ex-agente do SNI, expulso da Polícia
Federal no início dos anos 90 por
extorsão. Entregou à Justiça no
dia 16 um dossiê em que aponta
Temílson, Adílson e João Guilherme de Almeida como participantes do grampo no BNDES.
Em troca, quer o perdão da Justiça caso seja comprovada a sua
participação no grampo.
Waldeci Alves de Oliveira -
Funcionário da antiga Telerj entre 1979 e 1986, dono da Central
WN de Telecomunicações em sociedade com a ex-mulher de Adílson, Jacqueline Xavier Gerhardt.
Confirmou em depoimento na
PF que foi procurado em dezembro de 1997 por Adílson para que
fizesse o grampo no BNDES. Diz
que recusou.
Divany Carvalho Barros -
Apontado no dossiê como sócio
de Temílson, o que nega. Major
reformado do Exército, ex-instrutor do DOI/CODI e do SNI.
João Guilherme de Almeida -
Acusado de participar da operação de grampo. Indiciado por falso testemunho.
Coordenador da Subsecretaria
de Inteligência no Rio, informou,
em agosto de 98, ao general Alberto Cardoso, da Casa Militar, a
existência de gravações.
Paulo Renaud - Engenheiro
eletrônico, hipnoterapeuta, dono
até o ano passado da Renaud Engenharia e Sistemas, que projetava e fabricava equipamentos de
grampo para telefonia celular.
Apontado por Célio como o primeiro a revelar os nomes que teriam participado do grampo no
BNDES. Ele nega.
Nelsino Drozczak - Engenheiro civil, apontado por Célio como
sócio de Telmo. Participou do encontro com Célio no Rio gravado
pela Secretaria de Inteligência
Militar. Seu irmão, Egberto da
Silva, o Beto, também citado no
dossiê entregue por Célio ao general Cardoso, diz que atualmente Nelsino trabalha numa firma
de limpeza, mas que "esporadicamente" realiza trabalhos de "defesa" (rastreamento para identificar telefones grampeados).
Maurício Garcia - Coronel da
reserva do Exército (2ª Seção, de
Inteligência), deputado federal
pelo PSDB-RJ. Diz que informou,
no início de novembro de 98, o
general Cardoso sobre os envolvidos no grampo.
General Alberto Cardoso -
Chefe da Casa Militar da Presidência da República, soube do
grampo em agosto de 98. Recebeu Célio Rocha em Brasília em
17 de agosto e autorizou a Secretaria de Inteligência Militar a gravar um encontro no Rio, no dia
26 de agosto, de Célio com Telmo
e o engenheiro Nelsino Drozczak.
José Armando de Aguiar
Carrazedo Taddei - Chefe do
Departamento de Administração
Predial do BNDES e síndico do
prédio. Acusado por Célio de ter
facilitado o grampo. Em entrevista à Folha, negou a acusação e
disse que não conhece Temílson.
Diz conhecer João Guilherme.
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