São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2001

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Trabalho árduo
Os presidentes do PSDB, do PMDB e do PFL começaram a costurar ontem um acordo para garantir a unidade da base governista. FHC teme que o racha entre os partidos -evidenciado na eleição de Ramez Tebet- paralise o governo e ajude o crescimento da oposição.

Sintonia fina
No encontro, José Aníbal (PSDB), Michel Temer (PMDB) e Bornhausen (PFL) decidiram fazer reuniões semanais para discutir sobre eventuais conflitos entre as siglas e tratar de 2002. PTB e PPB também serão convidados a participar.

Flagrante
A guerra de filiações entre os partidos governistas também foi discutida na reunião do PSDB, do PFL e do PMDB. Bornhausen reclamou do flerte tucano com Cássio Taniguchi (Curitiba).

Alvo liberal
O PT decidiu lançar uma ofensiva contra a pré-candidatura de Roseana Sarney (PFL) à Presidência. Membros do partido estão no Maranhão preparando dossiês contra a governadora para serem exibidos nos programas estaduais do partido.

Serra agradece
Os petistas irão atacar principalmente os baixos índices sociais do Maranhão. Já há um bordão em estudo: "Roseana: fora do Maranhão uma beleza; dentro do Maranhão, uma tristeza". Ela é a governista mais bem avaliada nas pesquisas.

Pauta extensa
ACJ (PFL), o filho suplente de ACM, esteve reunido ontem com Serra. Segundo a assessoria do ministro, já houve mais de seis encontros entre os dois.

Tudo igual
Aécio Neves, que em seus discursos diz ter inaugurado um novo tempo na Câmara, lançou ontem a mostra "Sentidos da Amazônia". Na mesma hora, deputados tratavam da denúncia de que membros de CPI exigiram propinas de empresas.


Fratura exposta
Renan Calheiros (AL) foi repreendido pela cúpula do PMDB por ter nomeado Jader Barbalho para a Comissão de Constituição e Justiça. O partido quer evitar que o escândalo continue contaminando a sigla. Renan prometeu que não irá mais atender aos pedidos de Jader.

Cardápio de escândalos
O restaurante do Senado trocou desde ontem o pato no tucupi -prato típico paraense- pelo "maria isabel", espécie de arroz-de-carreteiro com queijo, comum no Centro-Oeste de Ramez Tebet. A moqueca baiana já havia sido banida do cardápio após a saída de ACM.

Voto favorável
Marco Aurélio Mello, presidente do Supremo Tribunal Federal, confirmou sua presença hoje no lançamento da primeira licitação pública de contratação de pessoal com cota mínima para negros. Exigência que deve causar uma polêmica jurídica.

Nem tanto
Os servidores estaduais de SP descobriram nos últimos dias que o abono salarial de R$ 80, prometido por Geraldo Alckmin (PSDB), vale R$ 62,50 na prática. Sobre o benefício incidiram descontos trabalhistas.

Caminho indireto
Malufista arrependido, Ricardo Izar não pôde entrar no PSDB por veto do diretório paulista. O deputado federal deve assinar hoje a ficha de filiação ao PTB, que apóia Geraldo Alckmin em São Paulo.

Visitas à Folha
Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda e candidato à Presidência da República pelo PPS, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Egydio Serpa, assessor de imprensa.
 
Marta Suplicy (PT), prefeita de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de João Sayad, secretário de Finanças da prefeitura, e de Valdemir Garreta, secretário de Comunicação.

TIROTEIO

Do prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB-MS), sobre a situação de Jader Barbalho (PMDB) no Senado:
- Jader Barbalho poderia fazer um grande serviço ao nosso partido, o PMDB: entregar o boné e voltar para o Pará.

CONTRAPONTO

Show de calouro

O deputado federal Tilden Santiago (PT-MG) foi um dos candidatos na eleição para a escolha do novo presidente do PT, vencida por José Dirceu (SP).
Durante a campanha, o parlamentar mineiro visitou várias capitais, onde participou de palestras e debates.
Na reta final, Tilden esteve em Fortaleza, Recife e Belém e resolveu finalizar seus discursos cantando o hino da Internacional Socialista.
Dias depois, já na apuração, José Dirceu encontrou-se com Tilden e, em tom de brincadeira, comentou:
- Você teve menos votos nas cidades onde cantou o hino da Internacional Socialista. O PT o reprovou como cantor...
O deputado respondeu, rindo:
- O problema é que eu errei na escolha da música. Se tivesse cantado uma do Zezé Di Camargo e Luciano, o ibope teria sido bem maior.


Próximo Texto: Senador sob pressão: Jader vai ao Supremo para barrar votação de relatório
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.