DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve negar hoje o pedido do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para usar o direito de ampla defesa antes da abertura do processo contra ele por quebra de decoro no Conselho de Ética.
Alheios à iniciativa de Jader de propor mandado de segurança ao STF (Supremo Tribunal Federal), senadores do PFL, da oposição e até do PMDB rejeitavam a possibilidade de haver nova manobra protelatória de Jader no Senado.
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), passou o dia explicando as razões pelas quais indicou Jader para integrar a CCJ exatamente quando a comissão vai julgar assunto do interesse pessoal dele.
""Foi o senador Jader quem pediu e é um direito dele voltar à CCJ, da qual fazia parte antes de ser presidente do Senado. Mas, se sua presença na CCJ caracterizar alguma manobra, mando desfazer [a indicação" na hora", disse Renan.
O ex-presidente do Senado, que está sendo investigado por suposto envolvimento em desvios de recursos ocorridos no Banpará em 1984, quando era governador do Estado, se tornou um fardo para o PMDB.
Peemedebistas contam os dias para que Jader renuncie ao mandato, livrando o partido da tarefa de protegê-lo.
Sucessivas manobras protelatórias da iniciativa de Jader têm desgastado o PMDB.
(RAQUEL ULHÔA)


Texto Anterior: Senador sob pressão: Jader vai ao Supremo para barrar votação de relatório
Próximo Texto: O preço da fama: Oposição hostiliza Tebet no Congresso
Índice